Várias cidades do continente americano associaram-se, no domingo, à homenagem às vítimas dos atentados ocorridos em Paris, com milhares de pessoas a percorreram as ruas para defender a liberdade de expressão e condenar o terrorismo.
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O cenário repetiu-se em várias cidades do Canadá, como Montreal, Otawa, Toronto, Vancouver e Québec.
Em Montreal, uma das mais populosas cidades francófonas do mundo, cerca de 25 mil pessoas desfilaram numa marcha solidária, segundo os organizadores.
Na capital norte-americana, Washington, vários milhares de pessoas marcaram presença numa marcha silenciosa encabeçada pelo embaixador francês, Gerard Araud. "Estou aqui a pedido dos franceses em Washington, porque, tal como eu, estão frustrados por ver o seu país a enfrentar uma crise tão séria" de tão longe, disse Araud.
Ao seu lado caminharam representantes políticos da União Europeia, da Alemanha, da Itália, da Lituânia e da Ucrânia, bem como a diplomata norte-americana para os Assuntos Europeus, Victoria Nuland, e a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. "Je suis Charlie! I am Charlie [eu sou Charlie]", entoou Lagarde.
Nova Iorque e Los Angeles foram palco de iniciativas semelhantes.
Mais a sul, aproximadamente três centenas de pessoas, entre eles franceses e venezuelanos, concentraram-se junto da Embaixada da França em Las Mercedes (leste de Caracas, na Venezuela) em solidariedade para com os familiares das vítimas.
Com cartazes com as inscrições "Eu sou Charlie" e "A liberdade de expressão é invencível" os manifestantes responderam a uma convocatória dirigida "aos franceses e amigos da França" feita pela própria representação diplomática francesa em Caracas.
Segundo o embaixador francês, Fréderic Desagneaux, a concentração foi "uma maneira de os venezuelanos e estrangeiros radicados na Venezuela condenarem a intolerância, a violência, o terrorismo e manifestarem apoio, solidariedade e amizade às vítimas e familiares" dos atentados, defendendo os direitos humanos.
Também na Argentina centenas de pessoas reuniram-se junto à Embaixada de França em Buenos Aires para dizer "Todos unidos" e "Eu sou Charlie" e entoar os hinos argentino e francês.
Em Cuba, cinco dezenas de jornalistas de "medias" estrangeiros e residentes franceses participaram numa concentração solidária.
Pelo menos 3,7 milhões de pessoas manifestaram-se no domingo em França contra o terrorismo na sequência dos atentados ocorridos em Paris, segundo o Ministério do Interior francês.