Vaticano divulga imagem do túmulo do Papa Francisco. Visitas abertas ao público a partir de domingo
Esta quinta-feira cumpre-se o segundo dia de velório do Papa Francisco e são milhares os que enfrentam várias horas de espera para conseguirem despedir-se. Vaticano anunciou que será possível visitar o túmulo a partir de domingo.
Corpo do artigo
Antes de morrer, o Papa Francisco fez um último ato de caridade pessoal, doando 200 mil euros das suas poupanças privadas para apoiar os prisioneiros em Roma, de acordo com o bispo Benoni Ambarus, chefe do ministério prisional e dos serviços de caridade da cidade.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou hoje a morte do Papa Francisco, quatro dias depois de o pontífice ter morrido, aos 88 anos, na sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. "O Estado de Israel expressa as suas mais profundas condolências à Igreja Católica e à comunidade católica global pela morte do Papa Francisco. Que descanse em paz", pode ler-se, numa breve mensagem nas redes sociais publicada pelo gabinete do primeiro-ministro.
O presidente israelita Isaac Herzog manifestou-se logo na segunda-feira sobre a morte do Papa Francisco, mas o Governo israelita manteve-se em silêncio até hoje. "Homem de fé profunda e compaixão inesgotável, dedicou a sua vida a apoiar os pobres e a clamar pela paz num mundo conturbado. Considerou, com razão, essencial cultivar laços fortes com o mundo judaico e promover o diálogo inter-religioso como caminho para uma maior compreensão e respeito mútuo", salientou na altura Herzog.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel apagou na terça-feira uma publicação nas redes sociais a lamentar a morte do Papa Francisco, sem apresentar qualquer explicação, noticiou o "The Times of Israel". Este silêncio do Governo embaraçou os diplomatas israelitas colocados em países de grande maioria católica.
O consultor da Congregação dos Bispos Eduardo Baura considerou que as Congregações Gerais funcionam como “uma espécie de pré-conclave” para que os cardeais se conheçam e definam o perfil do futuro Papa, a eleger depois às portas fechadas.
As Forças Armadas italianas vão reforçar a segurança com um sistema anti-drone, caças e um contratorpedeiro na costa de Fiumicino, perto do principal aeroporto de Roma, para o funeral do papa Francisco no sábado, disseram fontes oficiais.
O imponente dispositivo de segurança para o funeral de Francisco inclui o destacamento de cerca de quatro mil polícias, bem como atiradores, especialistas em deteção de explosivos, uma zona de exclusão aérea e controlos exaustivos nos aeroportos e estações, num destacamento sem precedentes motivado pela presença de dezenas de líderes mundiais que chegarão a Roma para assistir à cerimónia.
Está prevista a presença de 50 chefes de Estado e de Governo e 10 monarcas, bem como cerca de 130 delegações, de acordo com a sala de imprensa do Vaticano.
O plano de segurança para o qual a Itália contribui visa ativar sistemas de deteção de drones hostis para neutralizar potenciais ameaças aéreas, bem como a possibilidade de utilizar caças Eurofighter para patrulhar o espaço aéreo.
A marinha italiana vai também enviar um contratorpedeiro como parte dos acordos de proteção marítima nas águas perto do principal aeroporto de Roma, Fiumicino, que deverá ser o ponto de chegada e de partida de muitas das delegações internacionais que participam no funeral.
O transporte do caixão do Papa Francisco até ao local onde será sepultado implica uma grande operação de logística e segurança que vai paralisar o centro de Roma no sábado, disse, esta quinta-feira, o chefe da Proteção Civil italiana.
O Vaticano anunciou esta quinta-feira que cerca de “50 chefes de Estado e 10 monarcas” vão participar no funeral do Papa Francisco, no sábado.
“Há atualmente 130 delegações confirmadas” para assistirem à cerimónia, que terá lugar na Praça de São Pedro, informou a Santa Sé.
A portuguesa Fátima Afonso é dona de um restaurante português ao lado do Vaticano. Habituada a alimentar a Cúria, ganhou o epíteto de "mulher mais famosa do Vaticano" recorda as visitas de Bento XVI e o abraço especial de Francisco quando estava grávida.
O San Lorenzo, clube de futebol argentino do qual o Papa era adepto, começou com uma missa uma série de homenagens, enquanto adeptos antecipam futuras ajudas divinas por parte de Francisco cada vez que a equipa precisar.
“Francisco foi realmente grandioso. Um grande que soube ser pequeno. Foi um grande a sério porque foi o melhor jogador do mundo”, disse o padre Juan Pablo Sclippa, ao conduzir a missa esta quinta-feira, num paralelismo entre o futebol e a religião.
Mas nem é preciso de muito esforço para ver essa ligação para quem conhece a história do San Lorenzo e do seu adepto mais famoso em mais de 100 anos de história.
Leia aqui a reportagem completa.
Entre os dignitários confirmados estão o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o chefe de Estado da Argentina – país natal do pontífice – Javier Milei.
Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estará presente.
De Portugal, participarão as três mais altas figuras do Estado - o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro -, bem como o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, irão igualmente marcar presença.
Entre os monarcas presentes nas cerimónias fúnebres estão o Rei de Espanha Felipe VI (também chefe de Estado) e a Rainha Letizia.
O Vaticano divulgou o projeto do túmulo do Papa Francisco. Feito em mármore da região da Ligúria, na Itália, tem apenas a inscrição “FRANCISCUS” e a reprodução da sua cruz peitoral.
O local da sepultura do Papa foi preparado na nave lateral da Basílica de Santa Maria Maior, entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza, e está localizada próximo ao Altar de São Francisco.
Excluindo as deslocações em Itália, o Papa Francisco visitou 70 locais em 65 países. Conheça essas viagens nesta infografia
Desde a manhã de quarta-feira e até às 11 horas desta quinta-feira (12 horas em Portugal continental), cerca de 61 mil fiéis entraram na Basílica de São Pedro, em Roma, para prestar homenagem ao Papa Francisco, junto do seu caixão, exposto em frente ao altar-mor, anunciou o Vaticano em conferência.
Será possível visitar o túmulo do Papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior de Roma a partir de domingo (dia 27), um dia após o funeral, anunciou nesta quinta-feira o serviço de imprensa do Vaticano.
O funeral do jesuíta argentino, que morreu na segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de pontificado, será o primeiro de um pontífice fora do Vaticano desde Leão XIII em 1903.
O Papa Francisco, que morreu na segunda-feira aos 88 anos, contou que recorreu a uma psiquiatra durante a ditadura argentina (1976-1983), numa entrevista feita em 2019, no Vaticano, e divulgada postumamente.
O presidente do CDS-PP recordou o Papa Francisco como um homem “simplesmente notável” e um “exemplo em todas as latitudes” e considerou desejável que o sucessor tenha um “perfil próximo” do seu. “Em tempos muito difíceis, o Papa Francisco liderou pelo exemplo, denunciando desigualdades, estando do lado dos mais pobres, ele próprio totalmente despojado de ostentação e riqueza. Foi um exemplo em todas as latitudes e, por isso, foi tão querido por católicos e para além dos próprios católicos”, afirmou.
Nuno Melo falava aos jornalistas à porta da Nunciatura Apostólica da Santa Sé, em Lisboa, depois de assinar o livro de condolências pela morte do Papa Francisco.
O líder do CDS-PP considerou que Francisco foi um homem “simplesmente notável”, tanto a nível pessoal, como enquanto líder da Igreja Católica. “É de personalidades assim que as instituições se constroem e se fortalecem. A igreja hoje é melhor e mais forte por causa do Papa Francisco”, salientou.
Melo defendeu também que o Papa “aproximou os jovens da igreja”, e afirmou que a Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Lisboa em 2023, foi “um sinal” disso mesmo. “Quando tantos diziam que os jovens se afastaram da igreja, Lisboa e Portugal e os jovens de todo o mundo mostraram como estão com a igreja. Estiveram e estão com a igreja por causa do Papa Francisco e por causa dessa liderança pelo exemplo”, sustentou.
Quanto ao sucessor de Francisco, o também ministro da Defesa Nacional afirmou que “seria desejável que tivesse um perfil próximo daquele que foi o perfil do Papa Francisco”. “O mundo vive momentos muito complicados, imprevisíveis, até perigosos, e um Papa tem de ser, neste contexto, um farol permanente de fé, de esperança e de exemplo, juntando os povos, estando do lado daqueles que são os mais desfavorecidos, dando alento àqueles que precisam de bons exemplos”, justificou.
Nuno Melo afirmou que “foi isso que, em permanência, o Papa Francisco conseguiu junto da humanidade”. “O meu desejo é que nesta sucessão, que é difícil pela dimensão de quem parte, a igreja continue a ser essa manifestação permanente de fé e de exemplo. Eu acredito que assim será”, disse.
Bom dia. Esta quinta-feira cumpre-se o segundo dia de velório do Papa Francisco na Basílica de São Pedro.
Da véspera fica a imagem de uma fila gigante de milhares de pessoas e horas de espera para conseguir prestar uma última homenagem junto ao caixão do primeiro Papa argentino, falecido na passada segunda-feira, aos 88 anos. Ficou ainda a saber-se que o luto no Vaticano, período conhecido como "novendiales" após a morte de um Papa, começa a 26 de abril (data do funeral) e termina em 4 de maio, antecedendo o conclave do Colégio Cardinalício.
Leia o que de mais importante aconteceu aqui.
Freira amiga do Papa Francisco quebrou protocolo para despedir-se junto ao caixãoUma freira franco-argentina de 81 anos, a irmã Geneviève Jeanningros, quebrou o protocolo na Basílica de São Pedro ao aproximar-se de uma zona restrita para rezar diante do caixão de Francisco. A área é reservada a cardeais, bispos e padres, mas a freira, amiga próxima do Papa, foi autorizada a fazer a homenagem ali.
O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, prestou homenagem ao Papa Francisco, afirmando que este apoiou o povo sírio nos “seus momentos mais negros”.
“Os seus apelos transcenderam as fronteiras políticas e o seu legado de coragem moral e solidariedade permanecerá vivo no coração de muitas pessoas no nosso país”, declarou, numa mensagem de condolências.
A Síria tem uma população maioritariamente muçulmana sunita, mas também uma importante minoria cristã.
Entre as 11 horas de quarta-feira (10 horas em Portugal continental) e as 8.30 horas desta quinta-feira (7.30 horas), 48.600 pessoas passaram diante do caixão do Papa para lhe prestar homenagem, incluindo 13 mil fiéis durante a madrugada, declarou o Vaticano.
O velório do Papa está a decorrer na Basílica de São Pedro até sexta-feira, para que os fiéis possam se despedir de Francisco.
O cardeal Joseph Zen, bispo emérito de Hong Kong, foi autorizado a deixar a cidade semiautónoma da China para assistir ao funeral do Papa Francisco, informou a agência Associated Press.
Zen, de 93 anos, deixou Hong Kong na quarta-feira à noite, depois de ter apresentado um pedido num tribunal para recuperar o passaporte, que havia sido confiscado após ter sido temporariamente detido ao abrigo da lei de segurança nacional imposta por Pequim.
Zen está entre os críticos que, nos últimos anos, afirmaram que o acordo do Vaticano com as autoridades chinesas sobre a nomeação de bispos traiu os católicos chineses que se mantiveram fiéis ao Vaticano. Também criticou o secretário de Estado Pietro Parolin, o responsável pelas negociações com Pequim, como um “homem de pouca fé”.
Parolin é considerado um dos principais candidatos a ser o próximo Papa.
Com a Basílica de São Pedro à vista a espreitar pelos telhados, num dia tão caótico como outro qualquer em Roma, a massa humana engrossa numa amálgama de turistas apanhados durante as férias pela morte do líder da Igreja Católica, crentes e religiosos, com línguas de vários pontos do Mundo a espalharem-se misturadas. Já na praça, o tom muda. De um lado, a agitação de jornalistas a trabalhar, do outro, para lá das barreiras e com o sol a queimar, uma fila imensa aos ziguezagues enche a zona central da cidade do Vaticano. São aqueles que se querem despedir do Papa Francisco que, desde a manhã desta quarta-feira, pode ser visitado em câmara-ardente, para uma última homenagem.
Já depois de quatro horas de espera e de saída para continuar as férias em Roma, está Filipe Medeiros e a família: Maria Rita, a mulher, Maria Inês e Mariana, as filhas. Tinham já estes dias de descanso marcados há muito tempo e decidiram aproveitar para estarem presentes num "momento histórico".
Leia mais aqui.