As polícias francesa, italiana e suíça desmantelaram uma rede de contrafação que vendia vinho barato como se fosse de luxo, chegando a cobrar 15 mil euros por garrafa. O vinho era expedido através de um aeroporto italiano para os consumidores em todo o Mundo. Seis pessoas foram detidas, em Paris, Turim e Milão.
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Acredita-se que o grupo tenha conseguido angariar cerca de dois milhões de euros com este esquema, tendo beneficiado da ajuda de um cidadão francês que ajudava a rede a "lavar dinheiro" e que está acusado de corrupção.
A Europol, que relata que a operação foi iniciada em 2021, explica que chegou ao grupo por haver um modo de atuação semelhante a uma outra investigação que tinha sido realizada em 2015 e que visava a venda ilegal de vinhos DOP - Denominação de Origem Protegida.
As operações de investigação juntaram as duas redes através da análise aos fabricantes de tampas e cápsulas das garrafas e das etiquetas utilizadas. Um dos seis detidos da operação contra a falsificação de vinho francês de alta qualidade, que foi levada a cabo esta terça-feira, é um cidadão russo, que também esteve ligado à rede desmantelada em 2015. Este homem liderava o grupo de então, do qual faziam parte dois viticultores, e dedicava-se também à venda de falsos vinhos luxuosos.
Desde 2019 que têm aparecido novos grupos dedicados à venda de vinhos contrafeiros, que operam sobretudo nos mercados suíço e italiano, aponta a Europol. Para o esquema, são utilizadas falsas garrafas antigas, juntamente com documentos forgados de autenticidade, nomeadamente de vinhos "Grand Cru", vinhos de Borgonha, em França, de alta qualidade.