Os EUA estão a examinar a possibilidade de que o balão espião chinês tenha sido desviado do seu curso por fortes ventos quando entrou no espaço aéreo dos EUA.
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Dos quatro objetos voadores abatidos pelos EUA nas últimas semanas, apenas o primeiro foi atribuído a vigilância chinesa. Além do balão chinês, foram abatidos mais três objetos que foram considerados "benignos".
Dos quatro objetos voadores abatidos pelos EUA nas últimas semanas, apenas o primeiro foi atribuído aos esforços de vigilância chineses. De acordo com o "The Washington Post", o balão descolou da ilha chinesa de Hainan, antes de viajar num caminho que parecia passar por Guam. Depois, moveu-se de forma "inesperada" para norte, segundo um relatório que cita autoridades americanas anónimas. Depois que ter entrado no espaço aéreo canadiano, ventos fortes levaram-no para sul ao longo da fronteira.
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As autoridades norte-americanas defendem que a China possui uma "frota" de balões de vigilância de diferentes formas e tamanhos, que foram implantados nos cinco continentes. Já a China insiste que o balão era pilotado por um civil "para investigação".
Balões espiões no Japão
Também o Japão está a analisar objetos aéreos não identificados que sobrevoaram o seu espaço aéreo nos últimos anos. Segundo o Ministério da Defesa de Tóquio, a análise sugere "fortemente" que eram balões espiões chineses.
"Após uma análise mais aprofundada de objetos voadores específicos em forma de balão previamente identificados no espaço aéreo japonês, incluindo os de novembro de 2019, junho de 2020 e setembro de 2021, concluímos que se presume fortemente que os balões sejam balões de reconhecimento não tripulados pilotados pela China", lê-se num comunicado do governo japonês. "Violações do espaço aéreo por balões de reconhecimento não tripulados estrangeiros e outros meios são totalmente inaceitáveis".
A imprensa japonesa avança que as autoridades estão a avaliar regras mais flexíveis para abater objetos aéreos que violem o seu espaço aéreo. De momento, as armas só podem ser usadas em caso de perigo claro e presente, informou a agência de notícias "Kyodo".