O vice-presidente venezuelano acusou a oposição de intenção de golpe de Estado "acelerado", por defender que a presidência do país seja assumida interinamente pelo presidente da Assembleia Nacional caso Chávez não preste juramento a 10 de janeiro.
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O secretário executivo da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo "pretende que nós, neste caso, o nosso querido companheiro Diosdado Cabello (atual presidente da Assembleia Nacional) e a Assembleia Nacional façam um golpe de Estado ao Presidente Chávez", disse o vice-presidente Nicolas Maduro.
A afirmação foi proferida durante uma entrevista conduzida pelo ministro da Informação, Ernesto Villegas, e transmitida na noite de sexta-feira (madrugada de sábado em Lisboa) pela televisão estatal.
O vice-presidente venezuelano baseou as suas acusações numa carta do secretário executivo da MUD enviada às embaixadas acreditadas na Venezuela, na qual pede que Diosdado Cabello assuma a presidência interina do país no caso de Hugo Chávez não estar em condições de prestar juramento para novo mandato, a 10 de janeiro.
Segundo o último relatório médico conhecido, Hugo Chavez sofre uma "infeção pulmonar severa", que complicou a sua evolução depois de ter sido operado mais uma vez em 11 de dezembro, em Cuba, devido ao cancro de que padece.
Chávez pode prestar juramento mais tarde
Entretanto, Nicolas Maduro, afirmou na sexta-feira que o novo mandato de Hugo Chávez começa a 10 de janeiro e que se o presidente não puder fazer juramento nessa data poderá fazê-lo mais tarde.
"O período constitucional 2013-2019 começa a 10 de janeiro (...) O presidente Chávez, que foi reeleito presidente, vai manter-se em funções e a formalidade do seu juramento pode ser feita perante o Supremo Tribunal de Justiça" posteriormente, disse Nicolas Maduro em entrevista à televisão estatal VTV.