A Rússia atacou esta semana a Ucrânia com milhares de drones, bombas e mísseis que incorporam tecnologia fabricada na Europa, Estados Unidos, China, Japão e dezenas de outros países, denunciou hoje o presidente ucraniano.
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"Estamos a defender-nos todos os dias dos ataques da Rússia. Só esta semana houve mais de 1500 drones de ataque, 1280 bombas guiadas e 50 mísseis de diferentes modelos", escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais.
Segundo Zelensky, esses sistemas contêm "milhares de componentes - mais de 132 mil - provenientes de diferentes países", incluindo aliados ocidentais como a União Europeia, o Japão e os Estados Unidos, além da China e de várias outras nações.
"Todas essas tecnologias permitem à Rússia produzir armamento em larga escala, usado apenas para aterrorizar o nosso povo", referiu, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
"E, se não for travada, Moscovo tornar-se-á inevitavelmente uma ameaça para os países da Europa e da região do Pacífico", advertiu.
Zelensky apelou para a aplicação de sanções contra quem ajude a Rússia a obter tais tecnologias e defendeu que Moscovo "tem de sentir as consequências das suas ações".
Tal pode ser conseguido através da pressão internacional e do reforço da ajuda às forças armadas da Ucrânia, acrescentou.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, como alegou na altura o Presidente Vladimir Putin.
A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território que a Ucrânia tinha em 1991, quando se tornou independente da União Soviética.
Putin declarou em setembro de 2022 a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, depois de ter feito o mesmo à Crimeia em 2014.
Kiev e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões ucranianas.