O presidente ucraniano acusa Putin de "terrorismo nuclear" e volta a pedir apoio europeu para impedir nova tragédia nuclear, "seis vezes pior" do que a de Chernobyl.
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Na sequência do ataque desta madrugada à central nuclear de Zaporizhzhia - que, de acordo com as mais recentes informações oficiais ucranianas e norte-americanas, não provocou um aumento dos níveis de radiação na zona - Volodymyr Zelensky voltou a apelar por apoio internacional.
"A Europa tem de acordar agora. A maior central nuclear da Europa está a arder. Tanques russos estão a bombardear unidades nucleares. Os tanques têm visão térmica, por isso eles sabem onde estão a bombardear. Prepararam-se para isso", disse o presidente ucraniano, numa nova comunicação ao país e ao Mundo em que lembrou o acidente nuclear de 1986.
A Rússia quer repetir Chernobyl, mas seis vezes pior
"Dirijo-me a todos os ucranianos, a todos os europeus e a todas as pessoas que conhecem a palavra Chernobyl e que sabem quanto sofrimento e vítimas foram causados pela explosão da central nuclear. Foi um desastre global. Centenas de milhares de pessoas lutaram contra as consequências. Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas. A Rússia quer repetir isso, mas seis vezes pior", assegurou, lembrando que "existem seis reatores de energia" na central de Zaporizhzhia e que a tragédia de Chernobyl foi provoada apenas pela explosão de um só.
O presidente ucraniano lembrou que esta é a primeira vez na história da Humanidade que uma nação bombardeia uma central nuclear, acusando "o Estado terrorista" da Rússia de "cometer terrorismo nuclear".
"Os propagandistas russos ameaçaram cobrir o mundo com cinzas nucleares. Agora não é uma ameaça. É uma realidade. Não sabemos como vai acabar o incêndio na central nem quando vai acontecer uma explosão. Se Deus quiser, não vai acontecer", acrescentou, referindo ainda que a Ucrânia tem 15 unidades nucleares. "Se houver uma explosão, será o fim de todos nós, o fim da Europa, a evacuação da Europa. Só a sua ação imediata pode parar as tropas russas e evitar a morte da Europa pelo desastre numa central nuclear", rematou.
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- Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 4, 2022
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