O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quinta-feira que está preparado para se demitir assim que o conflito armado com a Rússia terminar, sendo que atualmente tem como objetivo acabar com a guerra.
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Zelensky, 47 anos, disse em Nova Iorque que não vai candidatar-se a um novo cargo no fim da guerra na Ucrânia.
Na quarta-feira, Volodymyr Zelensky discursou nas Nações Unidas, no âmbito da 80.ª sessão da Assembleia Geral da organização.
Por outro lado, questionado pelos jornalistas mostrou-se favorável à realização de eleições na Ucrânia no caso de Moscovo e Kiev concordarem com um cessar-fogo "com a duração de meses".
Sobre a realização de eleições, no quadro do cessar-fogo, o chefe de Estado ucraniano explicou que abordou o assunto com o Presidente dos Estados Unidos, durante o encontro que manteve com Donald Trump na passada terça-feira, em Nova Iorque.
"Podemos usar esse período [o cessar-fogo] e eu posso dar esse sinal ao Parlamento" ucraniano, disse Zelensky sobre a posição que transmitiu a Donald Trump.
O presidente ucraniano disse entender que os cidadãos ucranianos podem querer um novo líder, com "um novo mandato".
A Constituição ucraniana proíbe a realização de eleições enquanto o país estiver sob a lei marcial.
Zelensky foi eleito em 2019 para um mandato de cinco anos, que terminou em 2024, mas que foi renovado automaticamente por tempo indeterminado devido à impossibilidade de realização de eleições.
O ato eleitoral sob a lei marcial exigiria uma mudança legislativa.
O presidente russo, Vladimir Putin, aproveitou o prolongamento automático do mandato de Zelensky, sem eleições, para criticar a legitimidade como líder democraticamente eleito da Ucrânia.
A Administração dos Estados Unidos pressionou inicialmente o líder ucraniano a convocar eleições o mais rapidamente possível, mas abandonou as exigências à medida que as relações se alteraram.