Presidente ucraniano aludiu à possibilidade polémica avançada no início do ano por Emmanuel Macron, que não reúne consenso.
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O chefe de Estado ucraniano sugeriu hoje que tropas estrangeiras sejam enviadas para a Ucrânia ainda antes de um acordo de adesão à Aliança Atlântica. A declaração surgiu durante uma conferência de imprensa conjunta, em Kiev, com o líder da oposição alemã, Friedrich Merz, que admitiu a possibilidade de Berlim fornecer mísseis Taurus, de longo alcance, ao país invadido pela Rússia. Posição contrária à manifestada pelo chanceler alemão Olaf Scholz, que sempre recusou fazê-lo por receio de uma escalada do conflito com Moscovo que arrastaria a Alemanha para a guerra.
“Um contingente de tropas de um país ou de outro pode estar presente na Ucrânia enquanto não fizer parte da NATO. Mas, para isso, precisamos de ter uma compreensão clara de quando é que a Ucrânia se tornará membro da UE e de quando é que se tornará membro da NATO”, asinalou Zelensky, que tem reiterado apelos para que Kiev receba um convite de adesão da Aliança Atlântica, insistindo continuamente que a Ucrânia necessita de garantias de segurança para evitar que Moscovo volte a invadir o país após o cessar das hostilidades iniciadas em fevereiro de 2022.