As autoridades sanitárias norte-americanas recomendaram, esta sexta-feira a quem regressa de países onde proliferam os casos de contágio por vírus Zika o uso de preservativo ou a abstinência, uma vez que o vírus pode transmitir-se por via sexual.
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As novas recomendações dos Centros Norte-Americanos de Controlo e de Prevenção de Doenças (CDC) dirigem-se especialmente às mulheres grávidas e respetivos parceiros, bem como àquelas em idade de procriar que possam ficar preocupadas com o vírus Zika.
Este vírus transmite-se maioritariamente por picada de um mosquito infetado, mas os CDC admitiram esta semana que uma pessoa tinha apanhado o Zika por via sexual no Texas, depois de o cônjuge ter sido infetado pelo vírus numa viagem recente à Venezuela.
"Os homens com parceiras sexuais grávidas que residem ou viajaram para zonas onde o vírus Zika se transmite ativamente e os respetivos parceiros sexuais devem utilizar corretamente e sempre preservativos durante os seus atos sexuais (vaginais, anais ou orais), ou abster-se de atividade sexual durante a gravidez", indicaram os CDC.
"O uso constante e correto de preservativos em látex reduz o risco de transmissão sexual de muitas infeções", acrescentam as autoridades sanitárias norte-americanas, precisando que "a ciência ainda não determinou durante quanto tempo deve o risco ser evitado".
O CDC refere igualmente que "estão em curso estudos para responder a esta questão o mais rapidamente possível".
"Se está a tentar engravidar, deve pensar em fazer o teste e discutir o assunto com o seu médico", sublinham ainda os CDC.
O maior laboratório de investigação do Brasil, país particularmente atingido pelo Zika, afirmou que o vírus pode ser encontrado nas pessoas infetadas na saliva e na urina, embora frisando que ainda não há provas de que possa transmitir-se por esses fluidos.
Aparentemente benigna, a infeção por este vírus é suspeita de provocar graves malformações congénitas do cérebro dos fetos em mulheres grávidas infetadas.