A mulher que participou no ataque em San Bernardino, nos EUA, causando a morte de 14 pessoas, prometeu lealdade ao líder do Estado Islâmico através do Facebook, enquanto decorria o atentado. O FBI está a investigar o caso como um "ato de terrorismo".
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Segundo fontes oficiais ligadas à investigação, Tashfeen Malik criou uma conta no Facebook com outro nome, onde jurou fidelidade ao líder dos jiadistas Abu Bakr al-Baghdadi.
As mesmas fontes, citadas pela CNN, não explicaram, contudo, como conseguiram confirmar esta informação. Mais tarde, o FBI confirmou que está a investigar o massacre como um ato de terrorismo.
"Estamos, a partir de agora, a investigar estes acontecimentos horríveis na hipótese de um ato terrorista. Temos provas que mostram que [os autores] fizeram uma minuciosa preparação", afirmou David Bowdich, um responsável do FBI em Los Angeles.
O "The New York Times" adianta que não há indícios de que o Estado Islâmico tenha planeado o ataque. "Neste momento acreditamos que eles se radicalizaram por iniciativa própria e agiram inspirados pelo grupo, mas não cumprindo uma ordem", refere o jornal, citando fonte policial.
Os agentes do FBI (polícia federal norte-americana) têm estado a passar a pente fino telemóveis e o disco rígido de um computador deixado para trás pelo casal, para tentar encontrar um motivo para o massacre.
A CNN, citando as autoridades, tinha antes noticiado que Farook estivera em contacto, no estrangeiro, com suspeitos de terrorismo identificados e que se tinha tornado radical depois de se casar com Malik, na Arábia Saudita, no ano passado, embora um imã de uma mesquita local que ele frequentava tenha dito que Farook não mostrava quaisquer sinais disso.
O "The New York Times" noticiou que o FBI tem provas de que Farook comunicou com extremistas dentro dos Estados Unidos e no estrangeiro há alguns anos.
Tashfeen Malik tinha 27 anos e sabe-se que será originária do Paquistão. Viveu na Arábia Saudita antes de chegar aos Estados Unidos da América.
Os autores do ataque em San Bernardino, Syed Farook e Tashfeen Malik, combinaram o casamento e, segundo o FBI, tinham uma missão, ainda desconhecida.
Esta quinta-feira, a Polícia norte-americana descobriu 12 bombas no apartamento do casal.