Dias depois de rumores sobre a sua morte num bombardeamento, o líder do Estado Islâmico divulgou, esta quinta-feira, uma mensagem na qual pede "a erupção de vulcões da jiad" em todo mundo. O próximo alvo é a Arábia Saudita.
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No registo áudio atribuído a Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do grupo terrorista garante que o Estado Islâmico (EI) nunca parará de lutar "nem que só tenha um soldado" e avisa que a coligação internacional chegará a um momento em que terá que enviar tropas terrestres.
Os ataques são pedidos para todo o mundo, mas a prioridade é "a cabeça da serpente", a Arábia Saudita, frisou al-Baghdadi.
A veracidade da mensagem não está ainda confirmada e surge apenas dias depois da suspeita de que teria sido ferido ou morto num ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos da América contra os jiadistas no Iraque.
Nesta mensagem áudio de 17 minutos, o homem que se apresenta como Abu Bakr al-Baghdadi não faz referência direta ao ataque, mas relata acontecimentos posteriores, como as alianças entre grupos jiadistas na Líbia, Egito e Iémen, ocorridas nos últimos dias.
"Tenham a certeza, ó muçulmanos, o vosso Estado está bom e em boas condições", disse al-Baghdadi, de acordo com a transcrição em inglês da mensagem divulgada juntamente com a gravação. É a primeira de al-Baghdadi desde o vídeo divulgado em julho, logo após ter proclamado um califado no norte da Síria e Iraque.
Os Estados Unidos da América disseram que a coligação lançou uma série de ataques perto de Mossul (Iraque), na sexta-feira, tendo como alvo líderes do EI, o que provocou uma série de rumores sobre al-Baghdadi estar ferido ou mesmo morto. No áudio, al-Baghdadi disse que os esforços dos EUA e da coligação estão a falhar.
"A marcha não vai parar e continuará a expandir-se, com a permissão de Alá", disse o líder terrorista, acrescentando que "a marcha mujahedin continuará até chegar a Roma". "Em breve, os judeus e os cruzados serão forçados a vir ao terreno e enviar as suas forças para a morte e a destruição", referindo-se ao envio de tropas da coligação internacional para o combate no solo, não apenas por ataques aéreos.