O coordenador da 'task force' responsável pelo plano de vacinação para a covid-19 estimou, este sábado, que em abril seja possível vacinar 100 mil pessoas por dia, atendendo às remessas de vacinas que Portugal deverá receber no segundo trimestre.
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"Temos o objetivo de vacinar todos os dias 100 mil pessoas e, se vierem mais vacinas, não vamos acumular vacinas, porque isso antecipa o processo de vacinação e a proteção das pessoas, e, podemos chegar às 150 mil vacinas/dia, o que é uma operação logística gigantesca", afirmou em declarações aos jornalistas Gouveia e Melo.
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O responsável adiantou que, até domingo, 80% das pessoas com mais de 80 anos vão ficar vacinadas com a primeira dose, o que "é um critério de sucesso".
Se neste primeiro trimestre, Portugal recebeu dois milhões de vacinas, a previsão para o segundo trimestre é de nove milhões de vacinas, das quais 1,8 milhões em abril e as restantes nos dois meses seguintes.
Gouveia e Melo revelou ainda que que já foram vacinadas 27 mil docentes e não docentes do pré-escolar e do primeiro ciclo, de um total de 65 a 70 mil previstos para este fim-de-semana.
Durante este fim-de-semana, deverão ser vacinados com a primeira dose da vacina "entre 65 e 70 mil professores, porque alguns já tiveram covid e não estão elegíveis ou por um ou outro motivo não quiseram ser vacinados, o que representa cerca de 1% a 2%", disse Gouveia e Melo, que falava à margem de uma visita ao Centro de Vacinação da Cidade Universitária, em Lisboa.
No próximo fim de semana, em que se celebrará a Páscoa, a vacinação dos profissionais das escolas vai sofrer uma pausa. "Vamos saltar um fim de semana [o da Páscoa] para nos organizarmos e passarmos, no fim de semana seguinte, de 40 mil para 100 mil por dia", explicou, o que requer um plano organizado com profissionais suficientes, locais de vacinação definidos e "vacinar com rapidez para não acumular vacinas".
Gouveia e Melo admitiu que têm surgido "dificuldades no processo" relacionadas com pessoas idosas ou isoladas que, "mesmo que tenham telemóveis não os atendem ou não respondem às mensagens".
Mas, com a ajuda das autarquias, estas dificuldades "têm sido superadas", referiu.