Um meteoro com cerca de 100 gramas foi captado pelos observatórios de Braga e de Tomar quando, na madrugada de terça-feira, cruzou os céus portugueses.
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Em maio, o rasto brilhante de outro meteoro pôs o país a falar de astronomia e, esta semana, um novo objeto foi visto em vários locais tendo "explodido" perto da fronteira com Espanha, na zona da Beira Baixa.
“Todas as noites, temos entre 60 a 90 registos de pequenos meteoros”, disse ao JN João Vieira, director do Planetário - Casa da Ciência de Braga. “Os de maior dimensão, surgem mais ou menos de dois em dois meses e são sempre uma experiência muito bonita”, referiu.
Os bólides, como o de terça-feira, têm um tipo de luz excecionalmente brilhante e, normalmente vaporizam-se na atmosfera. “Os meteoritos são os que chegam ao chão. Os que se decompõem na atmosfera são os meteoros”, explica João Vieira.
Agosto é, para quem gosta de astronomia um mês especial e é a altura do ano em que possível ver mais meteoros. “Por um lado, o céu está mais limpo e há menos nuvens e, por outro, é a altura em que ocorre a chamada chuva de meteoros conhecida como Perseidas, que é típica desta época e atinge o seu pico em agosto”, acrescenta o diretor do Planetário de Braga.
O fenómeno da madrugada do dia 3 foi análogo ao que foi avistado no mês de maio, quando o meteoro foi filmado por várias pessoas. Nessa altura, o fragmento rochoso terá entrado na atmosfera em Badajoz, provocando um clarão que foi visível por todo o território nacional, acabando por se desintegrar no céu. A velocidade elevada, a pequena dimensão dos fragmentos e os minerais que os compõem fazem com que se vaporizem na atmosfera, impossibilitando a sua recolha.