Não falta força e coragem a Jerónimo de Sousa para travar a "batalha" da campanha eleitoral. Em jeito de balanço da primeira semana, o secretário-geral do PCP salientou o caráter "exigente" do trabalho desenvolvido, mas garantiu que não lhe falta entusiasmo. A António Costa, que suspendeu as ações de rua devido a "dores musculares", o líder da CDU desejou as melhoras.
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A verdade é que Jerónimo de Sousa não tem poupado nos quilómetros para dar a conhecer ao país as propostas da CDU e tem estado atento ao que "os outros andam a fazer". De Norte a Sul do país, a grande aposta continuam a ser os comícios que, de acordo com o líder comunista, nao estão fora de moda. "Creio que agora há uma moda que isto dos comícios, dos pontos de encontro, das iniciativas de massas já não rende nada, não dá nada, pois esta também é uma marca de diferença da CDU", destacou, após uma visita às instalações da Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela.
A idade avançada - 72 anos - não tem sido impedimento para divulgar o trabalho feito pela coligação entre o PCP e Os Verdes. "Não estou propriamente fresco como uma alface, mas estou em condições de prosseguir esta batalha com entusiasmo até ao fim", brincou - a falar muito a sério - o secretário-geral do PCP. Para já, as ações de rua têm ficado de fora da agenda, havendo quatro arruadas programadas para os últimos dias da campanha.
Importa agora continuar a "reforçar" a CDU nas inúmeras atividades programadas para, sobretudo, impedir a maioria absoluta do Partido Socialista. "Nós colocamos esta questão como uma questão central, que é de facto o reforço da CDU, e só daí é que partimos para a ideia que não seria bom uma maioria absoluta que permitiria o poder discricionário do Governo, que sempre, mas sempre desvaloriza os parlamentos quando tem essa maioria absoluta", alertou.
Se ontem o dia no Algarve tinha terminado com música, hoje em Palmela o cenário continuou a ser o mesmo. Com novos ritmos. Jerónimo de Sousa visitou as instalações da Sociedade Filarmónica Humanitária, em Palmela, entrou nas salas de aula de coro e assistiu ao ensaio da orquestra. O motivo? Lembrar que, por proposta do PCP, o IVA dos instrumentos musicais baixou de 23% para 6% na última legislatura. Mais uma vez, para "reforçar" a CDU.