O secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse, esta quinta-feira, em Coimbra, que o processo de acreditação de médicos oriundos de países não comunitários que queiram trabalhar em Portugal vai ser mais rigoroso.
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É necessário "rigor na admissão [em Portugal] de médicos de países não comunitários", defendeu Fernando Araújo, que falava na sessão de abertura do 19º Congresso Nacional de Medicina/10.º Congresso Nacional do Médico Interno, que decorre em Coimbra até sábado.
O Governo vai, por isso, "trabalhar com a Ordem dos Médicos (OM)" para "construir um processo de acreditação de formação académica e de competências, nomeadamente linguísticas, que seja mais rigoroso e mais exigente para cidadãos estrangeiros vindos de países" que não integram a União Europeia, afirmou o secretário de Estado.
"Isso irá, seguramente, proteger e melhorar o desempenho" dos médicos e "proteger também os utentes", sustentou.
Fernando Araújo também anunciou, por outro lado, que o Ministério da Saúde (MS) vai analisar a proposta de legislação da OM no sentido de que esta entidade tenha "capacidade para intervir [também] nas instituições privadas de saúde, de modo a que possa entrar nas mesmas" e "avaliar o desempenho das práticas" médicas ali adotadas.