Liliana e Flávio convidaram 300 pessoas e vão casar em julho de 2022, para evitar máscaras e álcool-gel.
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"O casamento religioso é muito importante para nós, mas também queremos fazer uma grande festa com a família e com os amigos", disse ao JN o noivo Flávio Ribeiro, enfermeiro no Hospital de Braga. O matrimónio com a noiva, Liliana Pinto, enfermeira no Hospital de Guimarães, esteve marcado para o dia 31 de julho deste ano. "Adiamos para o dia 15 de julho de 2022, porque convidámos 300 pessoas e queremos que todos participem na festa sem estar preocupados com máscaras e álcool-gel", explicou Liliana.
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Os convites foram entregues, ela escolheu o modelo do vestido na modista e ele tirou as medidas no alfaiate, as flores e a ementa estavam escolhidas e a quinta para a boda estava marcada. "Adiamos um ano para evitar constrangimentos", afirmou Flávio, 26 anos.
Entre a família e os amigos, há pessoas que residem no estrangeiro e que teriam dificuldade em viajar para Portugal por causa das novas regras impostas pela pandemia. Liliana, 27 anos, não se sentia "particularmente confortável" - embora a quase totalidade dos convidados estivesse vacinada - a "obrigar" toda a gente a estar de máscara.
Os noivos nunca pensaram em diminuir o número de convidados, apesar de algumas pessoas terem feito essa sugestão. "Fazemos questão de que toda a gente esteja presente tanto na igreja como na quinta onde vamos fazer a festa", afirmou Flávio Ribeiro.
Quando decidiram adiar o casamento, confirmaram que a Igreja de S. Francisco, em Guimarães, continuava com vaga para o dia que pretendiam, e a Vila Marita, a quinta onde vão fazer a festa, não colocou problemas ao adiamento. "Parámos com a confeção do vestido e do fato e retomamos tudo no próximo ano", explicou Liliana Pinto. Há dias, em mais uma visita ao espaço onde vão decorrer o banquete e o baile, os noivos já tinham o filme do dia do casamento na cabeça. "Ali é para as entradas e, junto ao lago, para o bolo", comentavam um com o outro.
A mudança de data não trouxe agravamentos financeiros à festa e os preços que tinham contratualizado para 2021 mantêm-se para 2022. Isabel Marques, a responsável pela quinta - que tem um espaço fechado para receber 400 pessoas e uma área total de cinco hectares -, explicou que, perante os muitos adiamentos que teve, optou por não alterar os preços porque "ninguém tem culpa de haver uma pandemia".
"Queremos que as pessoas mais velhas venham ao casamento e se sintam seguras, queremos que os convidados que vivem no estrangeiro viajem sem restrições e que toda a gente se sinta à vontade e sem medo", disse a noiva.