Com reservas de água a 30% e face ao aumento do consumo urbano, os municípios admitem avançar com interrupções de 30 minutos a uma hora por dia para sensibilizar os cidadãos.
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A situação é crítica no Algarve. A 21 de agosto, as seis albufeiras estavam a 30% da sua capacidade. Com Bravura, que serve o barlavento, a 8,7%, obrigando a recorrer ao volume morto. Os municípios da região admitem avançar com medidas mais duras, nomeadamente com cortes de água e com o agravamento de tarifas para os grandes consumidores, mediante o fecho deste ano hidrológico, que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estima nos 27%, com 122 hectómetros cúbicos (hm3) de água.
Ao JN, o presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve reconhece que a região está a viver “a fase mais crítica dos últimos 20 anos”. Os dados, apresentados pela APA na última reunião da comissão permanente da seca, dão conta de um aumento do consumo, no setor urbano, de mais 1 hm3 até julho, em termos acumulados, face a período homólogo e acumulado de 2019.