O turco que tentou assassinar o papa João Paulo II em 1981, Mehmet Ali Agca, desistiu de vir a Fátima durante a visita de Bento XVI a pedido do Governo português, que se mostrou contra essa sua intenção, anunciou o seu advogado.
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O Governo português indicou às autoridades turcas que, de momento, uma visita de Ali Agca seria "inoportuna" devido a "considerações de políticas e de segurança", disse o advogado Haci Ali Özhan.
O mesmo advogado anunciou em Abril ter enviado uma carta ao primeiro-ministro, José Sócrates, para pedir autorização para que o seu cliente se deslocasse a Fátima hoje, a tempo de assistir à missa celebrada pelo papa Bento XVI a 13 de maio.
Agca mantém a intenção de se deslocar mais tarde a Fátima e, nessa altura, vai organizar uma "conferência" em Lisboa sobre o "segredo de Fátima", acrescentou o advogado.
O papa João Paulo II declarou que Nossa Senhora de Fátima lhe salvou a vida após ter ficado gravemente ferido num atentado da responsabilidade de Agca a 13 de Maio de 1981, na praça de São Pedro, em Roma.
Agca foi libertado em Janeiro de uma prisão em Ancara. O cidadão turco passou quase 30 anos em prisões italianas e turcas devido à tentativa de homicídio e por outros crimes cometidos na Turquia.
O estado mental de Agca tem vindo a ser posto em causa regularmente por entidades judiciais.