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Os adeptos do Vitória são impossíveis de aturar. Ganhámos um jogo difícil, numa altura importante para podermos melhorar o nosso futebol, e este cronista titula um enjoado: "nada mau". Nunca estamos bem, na verdade. Se perdemos é a desgraça, se ganhamos não jogamos o suficiente.
No domingo, o Vitória dominou o jogo e ganhou bem na Reboleira. Foi a equipa que mais criou, aquela que concretizou e, em boa verdade, a defesa não foi muito posta à prova, por mérito do Vitória, que jogou unido e manietou o Estrela da Amadora a uma mera presença em campo, sem criação de grande perigo ou de situações de domínio do jogo.
Mas, tirando o resultado, o jogo foi um bocadinho para o chato, e nunca o veria se não fosse o meu Vitória. Apesar da sonolência, o jogo foi servido, deve louvar-se, por um árbitro que esteve ali para deixar jogar. E isso é tão raro e tão estranho que é conveniente fazer o elogio.
Quando o Nélson Oliveira marcou o golo festejei, claro, mas fiquei temeroso, não fosse o VAR descobrir ali qualquer coisa, qualquer unha mal cortada em milimétrico fora de jogo. Eu juraria que o Nélson é o avançado do Mundo que mais golos teve revertidos pelo VAR. Pelo menos tenho essa tremenda impressão. Fiquei contente pela legalidade do golo, não só pelo Vitória, mas também por ele merecer já alguma sorte. Custa a marcar e quando marca há sempre algo que anula a proeza. Desta vez não houve nenhuma jurisprudência contrária à alegria. Haja, então, bombos quando o violino tarda, como diria, noutra formulação, o Jaime Pacheco.