Aliança Evangélica apela ao voto e pede que não se use púlpito para fins partidários
Com 500 igrejas e cerca de 200 mil seguidores, a Aliança Evangélica Portuguesa (AEP) apelou, em comunicado, ao voto nas próximas eleições legislativas, pedindo que o púlpito não seja utilizado como instrumento partidário.
Corpo do artigo
A AEP avisa que “a participação legítima não pode servir para a instrumentalização das comunidades e organizações de âmbito religioso e espiritual” e que o púlpito não pode ser usado “para a mobilização em torno de projetos político-partidários específicos”.
O alerta feito à comunidade evangélica e assinado pela direção da AEP refere ainda que “o sentido do voto ou de qualquer outra intervenção política não devem ser impostos ou coagidos na base de um qualquer interesse corporativo, ainda que disponível no quadro legal”.
“O desejo da AEP é que no próximo dia 10 de março as duas centenas de milhares de evangélicos em Portugal contribuam, na base do seu voto pessoal, livre esclarecido e transversal, para que a próxima legislatura possa ter entre si promotores dos valores cristãos que de forma digna defendam e atuem de acordo com os princípios bíblicos”, afirma a direção presidida por Timóteo Cavaco.
No comunicado, os evangélicos em Portugal são incentivados a exercer o seu direito a participar, “na medida em que considerarem adequado, nas ações legítimas que contribuam para o esclarecimento cívico”, reafirmando que a aliança é “absolutamente neutra no plano partidário".