Na urgência do Hospital Fernando Fonseca, também conhecido como Amadora -Sintra, estão neste momento 108 doentes em observação quando deveriam ser no máximo 40. O ministro da Saúde admitiu, esta terça-feira, que há uma insuficiência no internamento que exige "medidas mais determinadas" para aliviar a situação.
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No final de uma visita ao hospital Amadora-Sintra, Manuel Pizarro declarou que o maior problema daquele serviço de urgência é a dificuldade em internar doentes.
"Neste momento estão 108 doentes na sala de observações da urgência, quando deveriam estar no limite uns 40", afirmou, em declarações aos jornalistas.
A solução, referiu, passará pela colaboração com outros hospitais da região e pela resposta mais rápida do setor social para libertar camas que estão ocupadas com doentes que têm alta clínica mas que continuam internados por questões sociais.
Destacando o enorme esforço de todos os profissionais do Amadora - Sintra para atender os doentes com qualidade técnica e humanismo, o ministro admitiu que, se for necessário, serão deslocados doentes para outros hospitais, desde que tal não imponha dificuldades de funcionamento noutras unidades da rede.
Urgência de pediatria de Loures fecha amanhã à noite
Questionado sobre o encerramento das urgências pediátricas do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e do Hospital do Barreiro, Manuel Pizarro reiterou que na próxima semana será anunciado um plano para o funcionamento regular das urgências pediátricas da Área Metropolitana de Lisboa. E reconheceu que, em Loures, o encerramento ocorre já amanhã à noite devido à falta de pediatras.
"É verdade que no caso do Hospital de Loures o encerramento de uma parte dos serviços vai ocorrer mais cedo porque não há disponibilidade dos profissionais e essa é uma das razões que nos leva a essa medida de reorganização que vai ser anunciada na próxima semana", referiu o ministro da Saúde.
"Não me é indiferente o encerramento das urgências pediátricas de Loures, preferia que não acontecesse. Mas não havendo recursos humanos, é muito importante que esse anúncio seja feito com clareza e antecipação para que as pessoas tenham ao menos previsibilidade sobre o que vai acontecer", acrescentou Manuel Pizarro, comparando a situação com a das maternidades.
O ministro frisou que a Direção - Executiva do SNS está a trabalhar num modelo de atendimento metropolitano que responda às necessidades das pessoas e à disponibilidade dos profissionais.
"Neste momento há 12 urgências de pediatria em funcionamento. Acho que podemos organizar melhor os serviços, garantindo um número de urgências que responda às necessidades das pessoas, com a proximidade geográfica possível, e que, ao mesmo tempo, corresponda à disponibilidade dos profissionais", acrescentou o governante.