Os pedidos de ajuda de doentes oncológicos e dos cuidadores à Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) aumentaram desde o início do ano. Para além da carência de medicamentos, pedem ajudas para comprar comida e pagar as rendas de casa. O peditório nacional da LPCC arranca amanhã em todo o país e decorre até 1 de novembro, com a ajuda de centenas de voluntários e espera a solidariedade de todos os portugueses.
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A campanha que a LPCC organiza há vários anos pretende recolher fundos para apoiar os doentes oncológicos e os seus cuidadores, assim como promover a saúde e a investigação em oncologia. Numa altura em que os pedidos de ajuda se agudizam e "vão para além da carência de medicamentos", doentes e famílias pedem auxílio para diversas questões, como "alimentação e pagamento de rendas", sublinha Sofia Cabrita, membro da direção do Núcleo Regional do Sul da LPCC.
Nos últimos anos, os donativos - principal fonte de rendimento da Liga - têm caído, tornando a missão de ajudar mais complicada. "Durante a pandemia os donativos diminuíram; no ano passado, subiram ligeiramente mas pouco", acrescenta, pedindo aos portugueses que ajudem da forma que conseguirem, seja através de donativos ou de voluntariado.
Francisco Cavaleiro de Ferreira, presidente da direção da LPCC, sublinha que "nunca como hoje o apoio ao doente oncológico e aos seus cuidadores assume tanta importância e faz a diferença. O peditório nacional é a principal forma de dar resposta às muitas necessidades, a vários níveis, que estes doentes e respetivas famílias enfrentam". Permite ainda apostar na prevenção da doença e na investigação científica através da atribuição de bolsas, apoio a centros de investigação e formação em oncologia".
A Liga conta com a ajuda de centenas de voluntários para promover o peditório. Estes irão estar distribuídos por todo Continente e pelas ilhas da Madeira e dos Açores, em diversos pontos como: igrejas, cemitérios, supermercados, jogos de futebol, centros comerciais e festivais.