Ativistas do Climáximo pintam fachada do castelo de São Jorge e convocam protesto para novembro
Apoiantes do Climáximo pintaram, esta sexta-feira de manhã, de vermelho a fachada do castelo de São Jorge, em Lisboa, lançando uma faixa a convocar uma manifestação para o dia 23 de novembro. "Parar enquando podemos" é o desafio endereçado pelo coletivo aos cidadãos.
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Em comunicado enviado às redações, o Climáximo defendeu que "a crise climática é um ato deliberado de guerra por parte de governos e empresas contra as pessoas e o planeta", razão pela qual "a sociedade tem de parar de normalizar estes ataques" e enfrentar "os culpados".
Segundo referiu Sara Gaspar, apoiante do grupo, os incêndios da semana passada são a prova de que o meio ambiente não está a ser defendido. "Esta tragédia, assim como os períodos de seca extrema, tempestades e ondas de calor, que causarão cada vez mais mortes e migrações forçadas, tem culpados: os governos e empresas incendiários que sabem há décadas que estão a levar-nos para o colapso, mas que decidem manter os seus lucros com a queima de combustíveis fósseis, condenando pessoas aqui e em todo o lado à morte e à miséria", sublinhou.
Depois de pintarem de vermelho a fachada do castelo de São Jorge, os ativistas explicaram que, regra geral, os castelos "são algo que todas as pessoas querem preservar". "Mas de que servem monumentos históricos se permitirmos que a humanidade passe à história? Amanhã o castelo de São Jorge estará restaurado mas as pessoas mortas e casas destruídas não irão regressar", lamentaram, convidando a sociedade em geral a participar na "ação de resistência civil" do dia 23 de novembro.
O coletivo refere ainda que haverá um primeiro encontro de preparação no dia 5 de outubro, pelas 15 horas, na Praça José Fontana, em Lisboa.