Ativistas do Climáximo tingem de vermelho fonte de edifício onde funcionam ministérios
O coletivo Climáximo tingiu de vermelho, esta quarta-feira, a fonte em frente ao edifício da Caixa Geral de Depósitos onde funcionam vários ministérios, denunciando as políticas do Orçamento do Estado (OE) por "conduzirem a sociedade para o inferno climático". Apela a ação no dia 23 de novembro, em Lisboa.
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Apoiantes do movimento ativista ambiental Climáximo despejaram, esta quarta-feira da manhã, corante vermelho na fonte do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, que alberga vários ministérios do Governo, "sinalizando a proposta de Orçamento do Estado como criminosa e afirmando que o Governo tem sangue nas mãos por alimentar a crise climática".
"Ao longo de várias semanas, as discussões sobre o Orçamento do Estado, cujo debate na generalidade começa hoje, limitaram-se a jogos de bastidores, deixando de parte as reais implicações das políticas públicas na vida das pessoas. Durante meses, estas discussões foram relatadas pela comunicação social como se de uma telenovela se tratasse, e a crise climática, a maior ameaça que a humanidade alguma vez enfrentou, não foi nem uma nota de rodapé", notou Alice Gato, apoiante do Climáximo, citada em comunicado da organização enviada hoje às redações. "Entre dramas partidários, IRS jovem e IRC, as políticas que são realmente necessárias para travar o colapso ficaram à porta", diz ainda.
O coletivo declara que "não é nos gabinetes de ministros que se vai encontrar a mudança de rumo necessária para travar a destruição em curso e desmantelar a indústria fóssil antes que seja demasiado tarde" e defende que "têm de ser as pessoas comuns de todo o lado — trabalhadores, estudantes, mães, pais, filhos, precários, desempregados, avós, netos — a pôr um fim a estes ataques constantes de governos contra a vida e a garantir a sobrevivência".
O Climáximo apela "a toda a sociedade" que se junte à manifestação e ação de resistência civil em massa "Parar Enquanto Podemos", que terá lugar no dia 23 de novembro, partindo às 15h da Praça Paiva Couceiro para bloquear a Praça do Chile, para "quebrar a normalização da violência da crise climática".