A audição do ministro da Educação sobre a proposta de Orçamento do Estado foi antecipada para esta sexta-feira. A Fenprof, que tinha confirmado para segunda-feira uma manifestação, suspendeu o protesto, e faz aviso a todos os partidos: os docentes vão estar atentos às propostas eleitorais.
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O calendário de audições já sofreu alterações desde que António Costa anunciou a demissão na terça-feira. Por exemplo, as audições das ministras da Habitação e da Agricultura também foram antecipadas. João Costa vai ser ouvido à hora em que Duarte Cordeiro devia defender a proposta para o Ambiente.
A antecipação, queixa-se a Fenprof, determinou a suspensão da concentração de professores que estava marcada para segunda-feira. Num comunicado emitido esta quinta-feira, a Federação defende que os docentes iam protestar contra a proposta de Orçamento do Estado por considerarem que não contempla medidas que resolvam problemas do setor mas antes a sua gestão, contribuindo para os agravar.
À espera da decisão do presidente da República, as nove organizações sindicais que integram a plataforma avisam que “estarão atentas às posições que os partidos políticos irão apresentar, seja no âmbito do Orçamento para a Educação (este ou outro que o substitua), seja, em próximas eleições, aos compromissos que assumirão”. No topo das reivindicações está a recuperação do tempo de serviço ainda congelado (seis anos, seis meses e 23 dias), um dos principais fatores a determinar os protestos do último ano. A eliminação da precariedade, a regularização dos horários, o rejuvenescimento da classe docente ou a revisão do regime de mobilidade por doença são outras prioridades que a plataforma aponta aos partidos.