Campanha oficial arranca esta terça-feira e terá uma forte presença dos líderes que terão de prestar contas internamente.
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Com o arranque da campanha, que decorre entre esta terça-feira e dia 24, os líderes intensificam a sua presença com metas bem definidas, mas não se comprometem demasiado quando também estão sob escrutínio. As atenções viram-se para Rui Rio: na recandidatura ao PSD, destacou as autárquicas como as eleições "mais importantes para a implantação do partido". Mais cauteloso, diz hoje que os resultados de Lisboa e Porto não ditarão o futuro da liderança. Também o CDS tem uma prova de fogo. E as esquerdas medem forças em vésperas de um novo orçamento.
Após as derrotas em 2013 e 2017, Rio fixou "objetivos muito claros: mais presidências de câmara, mais votos e eleitos do que há quatro anos", destacou ao JN José Silvano, secretário-geral do PSD. Em 2017, o PS bateu o recorde de câmaras, o PSD teve mínimos históricos.
Outro objetivo é ter "mais do que as sete capitais de distrito", com "aposta forte" em Coimbra e no Funchal.
"Porto é mais difícil"
Em Lisboa, o PSD "não perdeu a esperança de ganhar". No Porto, "é mais difícil porque o presidente é um independente da nossa área política, não há uma luta clara" com Rui Moreira, admite.
Rui Rio estará "em todos os concelhos do PS" e "onde tem hipótese de inverter a presidência". Arranca com a campanha na Guarda.
O CDS, candidato em 251 concelhos (135 coligações), quer "crescer em número de mandatos". Luta pela sobrevivência desde que ficou reduzido a cinco deputados. O líder, Francisco Rodrigues dos Santos, estará em todo o país. Hoje, está nos Açores. Na hora de prestar contas, também estarão na mira os críticos que se candidatam.
A meta do PS é "manter as presidências da Anafre e da Associação Nacional de Municípios", e nas áreas metropolitanas. Entra em seis coligações e apoia nove candidaturas independentes. Espera voltar a ser o mais votado em termos nacionais. Prevê manter centros urbanos como Lisboa, Odivelas, Sintra, Gaia e Matosinhos; e combates difíceis em Coimbra, Figueira e Amadora.
António Costa tem feito muitos comícios, deixando recados à oposição e aos parceiros da Esquerda. Hoje à noite, estará em Aveiro.
Catarina Martins, que terá mais de 30 iniciativas e esta noite um comício em Loures, prevê fechar a campanha no Porto. O BE disse ao JN querer "reforçar o número de eleitos nas freguesias, assembleias e executivos municipais, contribuindo para criar maiorias em torno dos eixos fundamentais de um programa à Esquerda".
A CDU espera "mais votos e mandatos, o que significa confirmar e ampliar posições em maioria e minoria". Jerónimo de Sousa percorrerá todo o país e hoje começa em Moura. Tem o PS como "adversário eleitoral" para recuperar as câmaras que perdeu para este partido.
O PAN avança em 43 concelhos. Quer eleger vereadores, como no Porto e em Lisboa, onde a porta-voz, Inês de Sousa Real, está hoje na apresentação do programa.
O Chega "quer ser a terceira força política em número de votos". André Ventura suspendeu o mandato de deputado para percorrer o país: aposta hoje no distrito do Porto e termina em Lisboa.
Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, estará com todos os candidatos. No Porto, o objetivo é garantir eleitos ao apoiar Moreira. A campanha começa no Montijo e termina em Lisboa.