Em seis anos de atividade, o Centro de Conferência de Faturas do Serviço Nacional de Saúde, na Maia, detetou 160 milhões de erros em prescrições. Num total de 10 mil milhões de euros controlados, cerca de 600 milhões de euros estão a ser investigados pelas autoridades.
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Os números foram avançados esta manhã de terça-feira pela presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Marta Temido, durante uma apresentação da empresa ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
Marta Temido adiantou que em 2016 o Centro de Conferência de Faturas (CCF) vai passar a escrutinar a área do transporte de doentes não urgentes e das farmácias hospitalares.
"É um serviço que tem um impacto direto, mas relativamente impercetível na vida dos cidadãos", referiu a presidente da ACSS.
O ministro da Saúde afirmou que o projeto vai ter um novo impulso."O trabalho feito desde 2009 é muito satisfatório, permitiu ao Estado e ao SNS reter muito valor, mas acreditamos que está longe do seu potencial de captura", disse Adalberto Campos Fernandes.
O objetivo, acrescentou, "é garantir que os fluxos financeiros do Estado, ao nível público - público, público -social e público - privado, estejam permanentemente a ser escrutinados e monitorizados. Os recursos são escassos e é completamente inaceitável que alguns desses recursos possam ser indevidamente utilizados".
O governante anunciou ainda que o CCF vai passar a chamar-se Centro de Controlo e Monitorização do SNS.