As barragens no Norte e Centro do país, onde foi suspensa a produção de eletricidade devido à escassez de água, já estão a recuperar os volumes de água. As maiores subidas são no Lindoso e Cabril.
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Segundo apurou o JN, as recuperações registadas são de quatro metros no Lindoso (rio Lima, Gerês), meio metro no Alto Rabagão (Cávado, Vila Real), 1,7 metros em Vilar/Tabuaço (Viseu) e quatro metros no Cabril (Zêzere). O registo de Castelo de Bode, também no rio Zêzere, revela "estabilidade".
Na passada terça-feira, os ministérios do Ambiente e da Agricultura anunciaram que a produção de eletricidade foi suspensa naquelas cinco barragens, devido à situação de seca que o país atravessa e numa altura em que não há perspetivas de chuva a curto prazo. Na Bravura, no Algarve, o uso foi interdito para fins de rega.
As medidas foram anunciadas no fim da reunião da comissão de acompanhamento da seca. A situação tem estado a ser acompanhada ao dia e deverá ser reavaliada em março, quando a comissão reunir novamente.
Na ocasião, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, sublinhou que não se prevê que venha a faltar água para consumo humano e que esta decisão pretende salvaguardar o abastecimento humano para os próximo dois anos. Apontou a possibilidade que existe de continuar a transferir água a partir do Alqueva para outras barragens e a "disponibilidade hídrica que temos da bacia do Douro, com duas barragens muito próximas do seu nível médio de armazenamento, que são o Baixo Sabor e o Tua".
Matos Fernandes disse, ainda, que as barragens necessárias para o consumo humano passarão a ter valores mínimos de volume de água, para garantir o consumo para dois anos.
Segundo o IPMA, em janeiro verificou-se um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, estando no final do mês todo o território em seca: 11% do território continental está em seca extrema, 34% em seca severa, 54% em seca moderada e apenas 1% em seca fraca.
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