O aumento do nível de água nas barragens, fruto da chuva das últimas semanas, está a permitir o retomar da produção hidroelétrica, mas ainda de forma condicionada.
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No início deste mês, o Governo decidiu suspender, de forma temporária, a produção hidroelétrica em 15 barragens até que fossem alcançadas cotas mínimas. Em causa a necessidade de criar uma "reserva estratégica de água" nas albufeiras associadas aos aproveitamentos hidroelétricos em Alto Lindoso, Alto Rabagão, Alqueva, Castelo do Bode, Caniçada, Cabril, Paradela, Lagoa Comprida, Salamonde, Santa Luzia, Vilar-Tabuaço, Vilarinho das Furnas, Venda Nova, Baixo Sabor (montante) e Gouvães.
Ao JN, fonte oficial da EDP - que gere a concessão de 13 das 15 barragens visadas (exceto Baixo Sabor e Gouvães) - adiantou que a atividade continua "condicionada, havendo apenas a produção mínima" necessária para cumprir obrigações contratuais ou situações previstas pelo Governo para garantir abastecimento.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) adianta que "a precipitação ocorrida teve algum efeito em termos de armazenamento de água nas bacias do Lima e Cávado". "Sempre que uma albufeira atinja a cota objetivo definida, o volume acima desta cota pode ser explorado, do ponto de vista de produção de energia, sem qualquer restrição, não podendo, no entanto, o regime livre de exploração colocar em causa a manutenção da reserva hídrica definida, nem os usos prioritários e nem a garantia dos caudais ecológicos", refere a APA.