A líder bloquista desvalorizou as movimentações pró-vida que, nas últimas duas semanas, acentuaram a intenção de um referendo sobre a eutanásia.
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Para Catarina Martins, trataram-se de pessoas que pretendiam "protelar" a discussão. "Foi uma proposta que foi feita por pessoas que se opunham a este passo legal, para empatar e protelar este debate", disse a coordenadora do BE.
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"Não há nenhuma proposta concreta: não temos ninguém na sociedade portuguesa que diga que quer despenalizar a morte assistida através de um referendo. O que há é algumas vozes, que surgiram já na fase final do debate, dizendo: 'como nós não queremos despenalizar a morte assistida estamos agora a falar de um referendo'", apontou à saída do hemiciclo, onde, esta quinta-feira, os deputados aprovaram os cinco projetos de lei sobre a despenalização da eutanásia.
A coordenadora do BE assumiu ainda que "hoje deu-se um primeiro passo: abriu-se um processo legislativo e vamos passar à especialidade".
"Na especialidade, temos que fazer a melhor lei que formos capazes de fazer, que todas as garantias que a sociedade portuguesa exige e toda a liberdade que a democracia exige", disse Catarina Martins à saída do hemiciclo.