O Bloco de Esquerda quer que o deputado socialista Carlos Pereira esclareça, nas próximas horas, se corresponde à verdade a declaração que fez no Parlamento, em que assegurou não ter qualquer interesse, quando entrou na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.
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Em causa, uma notícia do "Correio da Manhã" que dá conta de um eventual perdão pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) de uma dívida de 66 mil euros de que o deputado socialista Carlos Pereira era avalista. O que terá ocorrido depois do desfecho de um inquérito à CGD, de que Carlos Pereira foi relator.
"Qualquer deputado que entra para uma comissão de inquérito tem que assinar um documento em que diz que não tem nenhuma participação ou interesse pessoal. Terá que esclarecer se o que assinou está válido. Essa informação é necessária. Não nos parece que deva demorar mais do que umas horas", defendeu o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares.
Caso contrário, o BE considera que a questão deve ser analisada na comissão parlamentar de Transparência. Mas lembra que demorará algumas semanas e considera que seja do interesse de Carlos Pereira que o esclarecimento seja feito de uma forma mais célere.
Para Pedro Filipe Soares, a saída do deputado socialista da comissão de inquérito à TAP "era mais ou menos inevitável, até para que todo o trabalho da comissão não fosse contaminado". "É incompreensível que tenha demorado tanto tempo", sustentou o líder parlamentar dos bloquistas, considerando que o caso de Carlos Pereira "é mais um exemplo dos casos e casinhos que impedem o Governo de governar".
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