O líder do Chega, André Ventura, considera que o eventual perdão de dívida da Caixa Geral de Depósitos ao deputado socialista Carlos Pereira pode configurar "corrupção".
Corpo do artigo
"Ouvimos as explicações do deputado Carlos Pereira e não ficamos mais tranquilos", referiu o líder do Chega, momentos após a conferência de Imprensa em que o deputado socialista garantiu nada ter a ver com um eventual perdão de dívida de 66 mil euros pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), por ter sido apenas avalista.
"Disse que o avalista não é dono da dívida. Mas toda a gente sabe que não é assim. É tão responsável pela dívida quanto o devedor. O avalista tem uma ligação muito profunda com a dívida", assegurou André Ventura.
Para o líder do Chega, as explicações de Carlos Pereira criaram uma "nuvem de fumo". Mais. "As notícias de hoje são particularmente preocupantes. Saem fora do âmbito de uma mera gestão política e entram no campo do financiamento indevido senão corrupção", acusou André Ventura.
Quanto à participação de Carlos Pereira na reunião preparatória da audição à CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, o líder do Chega revelou que o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, aceitou o pedido de reunião urgente. A reunião irá ocorrer no dia 20.
"O Chega vai pedir que se faça uma fiscalização do que ocorreu no passado e vai dizer que não permite que este tipo de reuniões volte a acontecer", adiantou André Ventura, acrescentando que espera que Augusto Santos Silva dê instruções, nesse sentido, ao PS.