A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda aproveitou a audiência sobre o Orçamento do Estado para 2023, desta quarta-feira, para abordar o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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"Fizemos questão de expressar preocupação com os casos de abuso sexual na Igreja Católica. A Comissão tem feito um bom trabalho. É preciso agradecer a cada uma das vítimas a enorme coragem para chegarem-se à frente", começou por referir Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE), revelando que "fez questão" de abordar o tema com o presidente da República durante a audiência desta quarta-feira a propósito do Orçamento do Estado para 2023.
"É fundamental que todos os órgãos de soberania tenham uma posição de apoio às vítimas. As vítimas precisam de justiça e não devem ser nunca desvalorizadas. Que nenhum crime fique impune e nenhuma ocultação fique sem consequências", defendeu Catarina Martins.
A líder do BE revelou ainda que abordou com Marcelo Rebelo de Sousa o pedido para que seja alterada a lei das incompatibilidades dos titulares dos cargos políticos e públicos. Apesar de admitir que ainda não leu o pedido enviado pelo presidente da República para o Parlamento, a porta-voz bloquista sustentou que mais do que alterar a lei é preciso que a que está em vigor seja cumprida.
"Existe uma lei em vigor para ser cumprida", vincou Catarina Martins, recordando que o diploma prevê a criação de uma Entidade da Transparência que ainda não avançou no terreno.
Quanto à proposta de Orçamento do Estado para 2023, a coordenadora nacional do BE defendeu um voto contra, considerando que "a Banca vai continuar a lucrar enquanto a generalidade da população empobrece".