O secretário-geral do PCP pediu, esta quarta-feira, "respostas" e "consequências" para os casos de abusos sexuais na Igreja Católica. Jerónimo de Sousa recusou, porém, fazer muitos comentários sobre as declarações de Marcelo de Sousa, dizendo apenas que é preciso "desdramatizar".
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"É uma matéria que merece respostas. E, caso se confirmem as denúncias, naturalmente que consequências para quem os praticou", sustentou o secretário-geral do PCP, esta quarta-feira, a propósito dos casos de abusos sexuais na Igreja Católica.
No final da audiência com o presidente da República por causa do Orçamento do Estado para 2023, Jerónimo de Sousa recusou fazer muitos comentários sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, dizendo apenas que o "episódio" deve ser "desdramatizado".
O líder dos comunistas preferiu concentrar-se nos casos propriamente ditos, para vincar: "Existe um problema. Há que fazer o apuramento e tirar as consequências desses factos".
Quanto ao pedido do presidente da República para que seja revista a lei das incompatibilidades, Jerónimo de Sousa declarou que o PCP "está disponível para procurar encontrar soluções equilibradas e transparentes".
Já em relação ao Orçamento do Estado para 2023, Jerónimo de Sousa fez antever um voto contra do PCP, ao considerar que "não é um Orçamento justo, porque privilegia os grandes grupos económicos".
Para os comunistas, a proposta de Orçamento deveria de ter mais medidas sociais, investimento e a taxação dos lucros inesperados. Mas, pelo contrário, é um documento que provoca "injustiça". "Vemos grande dificuldade em procurar alterar este rumo do PS para o país", afirmou Jerónimo de Sousa, temendo um sucessivo aumento da inflação.