Catarina Martins diz que o país vive uma "situação pantanosa" criada pelo primeiro-ministro com a ajuda do presidente da República. O Bloco, garantiu, "está preparado para qualquer cenário".
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Foi com "surpresa" que o país ouviu o primeiro-ministro fazer uma "declaração solene sobre uma coboiada no ministério das infraestruturas e não dizer uma palavra sobre os problemas políticos do Governo", começou por criticar esta terça-feira, no Parlamento, Catarina Martins. "É um sinal de absoluta degradação", frisou.
A coordenadora do BE criticou o primeiro-ministro por não falar de nenhum dos "sucessivos ministros que mentiram" sobre a TAP.
"Temos um governo absolutamente descredibilizado por ter ministros que sucessivamente mentem", insistiu, defendendo que a comissão de inquérito à TAP, proposta pelo BE, está a revelar não tratar-se de um caso isolado mas de uma forma de governar em maioria absoluta.
"Estamos a perder tempo. O que era preciso era a reorganização do Governo que não tem a ver só com mudança de ministros descredibilizados tem a ver com a própria política", defendeu.
Interpelada sobre uma possível dissolução do Parlamento depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter publicado uma nota na página da Presidência a assumir que discorda da decisão do primeiro-ministro, Catarina Martins garantiu que o BE está pronto "para qualquer cenário".
O país vive uma "situação muito pantanosa", afirmou, culpando tanto o presidente como o primeiro-ministro.
"O primeiro-ministro quis e o presidente ajudou a provocar eleições quando não eram necessárias" para António Costa "ter a sua maioria absoluta. Julgo que agora estão os dois numa situação de tensão muito grande porque já não precisam um do outro e nessa sua tensão acabam por desproteger o país", concluiu.
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