Rui Tavares acredita que se o presidente da República dissolver o Parlamento deixa de ser deputado único e o Livre elege um grupo parlamentar nas próximas legislativas. No entanto, a dissolução "não é bom para o país", defendeu.
Corpo do artigo
"É bom para o país saltar de uma frigideira para o fogo?", respondeu Rui Tavares quando questionado sobre uma eventual dissolução do Parlamento que o líder do Livre não considera ser bom para o país. É passar de uma crise para uma "total incerteza", reagiu no Parlamento.
Quanto ao incidente no Ministério das Infraestruturas relatado por João Galamba e que envolveu agressões a assessoras e chefe de gabinete e o roubo de um computador, Rui Tavares disse que "são efeitos de uma falta de coordenação política ao nível do Governo", em que António Costa é o "último responsável".
"Uma orquestra toca com mais ou menos harmonia dependendo do seu diretor", afirmou após António Costa anunciar que recusou o pedido de demissão de João Galamba. O presidente da República já anunciou discordar da decisão e o líder do Livre considera que devia antes existir uma mudança na governação.
"Penso que o país devia ter um ponto de viragem para um tipo de governação mais aberta" e "transparente", com mais participação no Parlamento, mais coordenação política, defendeu aos jornalistas, apontando, por exemplo, que se a revisão do regimento da AR já estivesse concluída já podiam ter sido retomados os debates quinzenais.
16282543