A Bolt afirmou esta sexta-feira ao JN que, no âmbito da revisão do regime jurídico para TVDE, defende "um alinhamento de benefícios" para os seus motoristas, "quando comparados com os táxis", desde logo com igualdade na isenção do Imposto Sobre o Veículo, no Imposto de Circulação", refletindo-se ainda nos incentivos à frota elétrica e no acesso às faixas reservadas ao transporte público de passageiro. A plataforma eletrónica propõe ainda a possibilidade de praticarem publicidade nos veículos.
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"No seguimento do último caderno de encargos, entregue pela Bolt, para ajustamento das regras legais no setor dos TVDE [transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados], reforçamos o nosso compromisso para trabalhar com a nova tutela no sentido de proporcionar aos nossos condutores um alinhamento de benefícios quando comparados com os táxis ", começou por destacar Nuno Inácio, responsável por esta área (ride-hailing), na Bolt em Portugal.
"Este alinhamento abrangeria, entre outros, a igualdade na isenção do Imposto Sobre o Veículo, no Imposto de Circulação, refletir-se-ia nos incentivos à frota elétrica e, por fim, no acesso às faixas reservadas ao transporte público de passageiro", explicou ainda, questionado pelo JN sobre a revisão do regime jurídico.
Defendida publicidade nos veículos
Nuno Inácio destacou, em seguida, "uma outra grande desigualdade neste mercado", que "se prende com a colocação ou exibição de publicidade no veículo, algo proibido aos TVDE, mas não a táxis e autocarros". Uma fonte de rendimento defendida por outros operadores de plataforma eletrónica, como por exemplo a Uber.
"Parte do nosso compromisso prende-se com querermos sempre zelar pelas melhores condições para os nossos condutores, pelo que acreditamos que esta fonte de potencial rendimento extra seria estritamente benéfica para o setor", justificou o responsável ao JN.
Aguardam "oportunidade de audiência"
A Bolt "acredita que este setor tem ainda um enorme potencial de crescimento" e, nesse sentido, trabalhará "em conjunto com todos os intervenientes para que este se desenvolva do modo mais sustentável e eficiente possível".
"A nossa prioridade é sempre o bem-estar de todos os nossos parceiros envolvidos, influenciados, naturalmente, pela legislação imposta. Assim, acompanharemos em detalhe o desenrolar deste tema e aguardamos a oportunidade de uma audiência com os representantes do Governo, com o objetivo de manter a Bolt como um participante ativo nos processos de avaliação da lei", reforçou o responsável em declarações ao JN.