Pacientes entre os 20 e os 30 anos fazem procedimentos estéticos para atrasar o envelhecimento. Redes sociais e publicidade generalizaram tendências de cuidados com a pele, que já chegam a crianças e adolescentes.
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Têm entre os 20 e os 30 anos, querem melhorar o aspeto da pele, prevenir ou retardar o envelhecimento, são influenciados pelas redes sociais e pela publicidade e dispensam as intervenções estéticas mais invasivas, como as cirurgias. Assim é o perfil dos jovens adultos portugueses que chegam às clínicas e procuram colocar botox ou ácido hialurónico no rosto. No entanto, nem tudo são rosas. Com menos poder de compra, os médicos ouvidos pelo JN temem que os mais novos procurem estabelecimentos sem clínicos. Um outro fenómeno surge: há menores a imitarem rotinas de “skincare” (cuidados com a pele) de influenciadores digitais com idade adulta.
“No passado, eram os pacientes a partir dos 40 anos que procuravam fazer procedimentos estéticos. Agora, é a partir dos 25”, afirma Duarte Salema Garção, diretor clínico da MyClinique, clínica de cirurgia plástica, reconstrutiva e de estética em Lisboa. A procura crescente de jovens portugueses por intervenções médico-estéticas é “inegável”, confirma Diogo Figueiredo Gonçalves, membro da direção da Sociedade Portuguesa de Medicina Estética (SPME). Os tratamentos procurados são menos invasivos: trata-se de “injetáveis” e “sem cirurgia”, explicam os médicos. É o caso da toxina botulínica, conhecida por botox, do ácido hialurónico ou dos bioestimuladores de colagénio [ler tendências].