A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) reivindicou, esta quarta-feira, a revisão do sistema de seguros para contemplar e garantir cobertura do capital produtivo contra fenómenos climatéricos intensos e imprevisíveis, como os das últimas semanas, que provocaram prejuízos avultados na agricultura de vários concelhos do interior do país.
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Segundo os dados facultados pela CAP, a destruição provocada pela intensidade dos fenómenos climatéricos, chuva torrencial e granizo, "afetou cerca de 6000 hectares de vinha, 1000 de olival e 650 de fruticultura (maçã e pêssego) em sete concelhos da região Norte e Centro.
Aquela organização de agricultores manifestou ainda a sua "total solidariedade" para com os agricultores da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, em particular para os que têm as suas produções situadas nos municípios de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mêda, Murça, Sabrosa, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa.
"De acordo com dados recolhidos junto das organizações suas associadas naquela região, a violência da queda de chuva e de granizo provocou estragos que comprometeram não só a produção da presente colheita, o que se traduz em prejuízos imediatos decorrentes da perda de rendimentos, mas também impactou a capacidade produtiva futura, causando danos extensos em infraestruturas como socalcos, muros de suportes, estradas e caminhos, alguns dos quais se encontram ainda intransitáveis", explicou uma fonte da CAP.
Face à situação, a organização exige que as coberturas contempladas pelo Sistema de Seguros Agrícolas (SSA) sejam revistas, desde logo garantindo verbas que possibilitem a reposição do capital produtivo.