Nova presidente da Cáritas diz que profissionais devem ter formação para administrar as vacinas da covid-19. Rita Valadas adianta que médicos e enfermeiros do terceiro setor podem ajudar no plano de inoculação.
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A nova presidente da Cáritas, Rita Valadas, está preocupada com a forma como a vacinação da covid-19 irá decorrer nos lares de idosos. Em entrevista à Renascença/Agência Ecclesia, a sucessora de Eugénio Fonseca alerta para as condições "rigorosas" de aplicação e manutenção da vacina (a da Pfizer, a primeira a chegar ao país, tem de ser armazenada a 70 graus negativos). "Ou nos ensinam como se manuseia e utiliza ou teremos dificuldade", disse.
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No entanto, tal como aconteceu com a vacina da gripe, o "Plano de Vacinação Covid-19" prevê que as pessoas institucionalizadas sejam vacinadas nas respetivas unidades, cabendo aos respetivos Agrupamentos dos Centros de Saúde deslocar equipas habilitadas para administrar estas vacinas, bem como assegurar o seu transporte e conservação.
Na entrevista, a responsável adiantou ainda que os médicos e enfermeiros que trabalham no terceiro setor, que tem uma vasta uma rede de instituições, podiam ser chamados a participar na operação de vacinação. "Nós podemos rentabilizar os recursos, mas temos que perceber como é que isso se faz sem erros", disse.
Sobre a crise provocada pela pandemia, Rita Valadas considera que "ninguém estava preparado" para o que está a acontecer. A responsável explicou que tal como em 2008 a instituição está a receber mais pedidos de auxílio. "Quanto mais tempo durar esta situação, mais pessoas vai afetar", frisou.