O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, rejeitou uma falha de segurança no altar-palco em Lisboa, onde o artista plástico Bordalo II estendeu uma “passadeira da vergonha”. O governante disse ainda que se esperam meio milhão de pessoas em Fátima para a visita do Papa.
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A estimativa foi avançada ao final desta manhã, pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que visitou o dispositivo de segurança que a GNR tem montado para a operação na Cova da Iria. Na ocasião, o governante negou ainda que tenha havido uma falha de segurança no altar-palco em Lisboa, onde o artista plástico Bordalo II estendeu uma “passadeira da vergonha”, numa crítica aos milhões de euros gastos com o evento, com o ministro a alegar que o espaço “ainda está em obras” e, com tal, não tem as restrições de segurança que terá quando a JMJ começar.
Sobre a operação de segurança em Fátima, “uma das maiores” alguma vez realizada em Portugal, mobilizando cerca de dois mil guardas, o ministro assegurou que está “tudo a postos” para missão. “A GNR encontra-se totalmente empenhada e mobilizada para garantir todas as condições de segurança àqueles que se dirijam a este Santuário e a esta região, esperando-se cerca de 500 mil peregrinos no dia 5”, disse José Luís Carneiro, especificando que, desse total, perto de 300 mil estarão no perímetro mais próximo do Santuário e os restantes nas “imediações”.
No final da visita ao dispositivo, que incluiu uma deslocação ao heliporto dos Bombeiros Voluntários de Fátima, onde o Santo Padre irá aterrar, o ministro adiantou ainda que a forte presença da GNR na Cova da Iria se fará também sentir nos dias 13 e 15 de agosto, datas em que é esperada uma grande presença de pessoas no Santuário.
Segundo José Luís Carneiro, a JMJ implicará “um empenhamento que pode ir até três mil militares” da GNR, assim como outros tantos elementos da Proteção Civil. Questionado pelos jornalistas se esta grande mobilização pode afetar a ação da GNR noutras áreas da sua responsabilidade e o combate aos incêndios, o ministro assegurou que tal “não” acontecerá.
“A GNR tem um planeamento do seu trabalho, da sua dimensão operacional, que permite ter 14 planos de contingência [para a JMJ e visita do Papa a Fátima], preparados, organizados e devidamente estudados e manter todas as suas outras responsabilidades assumidas no território nacional”, afirmou José Luís Carneiro.
O ministro garantiu ainda que o dispositivo nacional de combate aos incêndios rurais também não será prejudicado com a mobilização de meios para a JMJ. “A Autoridade Nacional de Proteção Civil, mantém todos os seus níveis de operacionalidade, ou seja, os cerca de 14 mil elementos e cerca de três mil viaturas”, disse.
Em relação ao episódio no altar-palco em Lisboa envolvendo o artista Bordalo II, José Luís Carneiro defendeu que “não se tratou de uma falha de segurança”. O ministro explicou que, neste momento, o empreiteiro e os subempreiteiros estão ainda no local a “prestar os seus serviços, sendo a Câmara Municipal de Lisboa quem tem a responsabilidade da segurança do espaço”,
“Neste momento há uma segurança privada, de apoio à realização de infraestruturas e das obras que estão decorrer. Só depois o espaço será fechado e feitas todas as peritagens, todas as verificações de segurança”, alegou.