O casal inglês McCann lamentou o cancelamento da sessão de do julgamento desta segunda-feira, considerando que o ex-inspetor Gonçalo Amaral utilizou uma "estratégia dilatória" para adiar a audiência.
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Em declarações aos jornalistas, o casal vincou tratar-se da quarta vez que o julgamento é adiado, sublinhando que esta situação lhes dificulta a vida já que vivem em Inglaterra, têm que se deslocar de propósito a Portugal e deixar os filhos gémeos entregues a uma pessoa.
Em causa está o julgamento do processo em que os pais de Madeleine McCann pedem uma indemnização de 1,2 milhões de euros, por difamação, ao ex-inspetor da PJ.
O julgamento estava marcado para esta segunda-feira, mas Gonçalo Amaral apresentou um pedido para dispensar o seu advogado, tendo a juíza Emília Melo e Castro fixado um prazo de dez dias para que o réu contrate novo advogado. Na sessão de hoje foram marcadas novas audiências de julgamento para 8 e 10 de julho.
Gerry McCann, pai de Madeleine McCann - desaparecida no Algarve na noite de 3 de maio de 2007 --, voltou a dizer que voltará a Portugal sempre que for necessário.
Quanto à recente investigação realizada no Algarve pela polícia britânica em que não foram encontrados quaisquer indícios de Madeleine McCann, os pais da criança reiteraram que isso lhes reforça a esperança de que a filha ainda possa estar viva.
Por sua vez, a advogada dos McCann, Isabel Duarte, declarou aos jornalistas que ninguém tem dúvidas de que o pedido apresentado por Gonçalo Amaral de revogação do advogado se tratou de um "expediente dilatório" do ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) para adiar a audiência.
A reforçar esta ideia, Isabel Duarte revelou que a marcação de nova data para a audiência final resultou de uma negociação demorada com as partes, incluindo Gonçalo Amaral, mostrando-se, contudo, confiante de que o julgamento termine nas novas datas previstas.