Com 16 anos de união, Mónica e Tomás casaram pela Igreja, após a declaração de nulidade do primeiro matrimónio do marido.
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Quando em junho Mónica Azevedo e Tomás Cabral subiram ao altar para contrair matrimónio, depois de 16 anos de casamento civil, mais do que cumprir um sonho, sentiram “um virar de página”. Foi, acrescenta o marido, “uma espécie de pacificação”, possível depois de o Tribunal Eclesiástico ter reconhecido a nulidade do seu primeiro casamento, consumado há 25 anos.
Essa união durou uma década e dela nasceram Francisca e António, hoje já adultos. Após o divórcio, Tomás refez a sua vida conjugal com Mónica e, apesar de conscientes das consequências que tal teria na sua prática religiosa, decidiram casar civilmente. “Conhecíamos as implicações de passar a estar numa situação irregular. Não poder comungar era o que mais me magoava. Mais do que não ter um casamento religioso”, assume Mónica Azevedo, de 50 anos, assegurando, no entanto, que “nunca” se sentiu excluída da Igreja e que continuou a participar nos movimentos onde já estava integrada, como a comunidade de vida cristã que os Jesuítas têm na Paróquia de Santa Isabel, em Lisboa. “Sorte”, admite o marido, salientando que, “em muitas comunidades não é assim”.