O bispo da Diocese de Viana do Castelo confirmou hoje que o caso de suspeita de abuso sexual, que envolveu o padre André Gonçalves, pároco em Monção, foi encerrado por resignação ao sacerdócio do próprio.
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Segundo D. João Lavrador, a dispensa do sacerdote terá sido concedida em maio, pelo que o processo canónico findou por si só. O Bispo de Viana do Castelo reconhece que o processo, em que André Gonçalves foi acusado de abuso de um jovem de 16 anos, foi "penoso", mas necessário.
"Quando são estas situações, tem de se resolver. É pena por causa do facto, porque isto não havia de existir e na Igreja ainda pior", declarou D. João Lavrador, enaltecendo a postura do antigo padre que, à altura dos factos, ministrava nas paróquias do Divino Salvador de Cambeses, Santa Maria de Abedim, Nossa Senhora das Neves de Bela, São João Baptista de Longos Vales, São João Baptista de Portela e São Miguel de Sago, em Monção.
O sacerdote terá assumido o seu envolvimento com um jovem menor de idade.
"Assumiu desde o princípio e pediu aquilo que à partida seria a imposição do não sacerdócio. Acho que aí houve logo uma antecipação da parte dele", disse o Bispo de Viana, referindo que, num processo destes, "a pena máxima é sempre o afastamento e por vontade própria ele pediu a pena máxima".
O padre André Filipe da Costa Gonçalves, de Monção, foi proibido de exercer o sacerdócio, em janeiro de 2023, depois de ter confirmado um caso de abuso sexual de menor.
Na altura, em comunicado enviado às redações, a diocese de Viana do Castelo explicou que o caso resultou de "uma denúncia", comunicada "às autoridades civis e canónicas competentes". Segundo o bispo daquela Diocese, o pedido de renúncia do padre André "foi pedido por altura da Páscoa e passado um mês e pouco, em maio, chegou [foi concedida]a dispensa".
O antigo sacerdote foi entretanto substituído nas paróquias que ministrava pelo padre João Pedro Santos.