O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, propôs esta quinta-feira em Bruxelas que o Aeródromo Municipal de Castelo Branco seja a base de uma das quatro equipas europeias de resposta aos incêndios florestais do próximo verão. A ideia é que os novos meios, aéreos e terrestres, possam auxiliar Portugal e Espanha.
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A proposta de Portugal foi feita no Conselho de Justiça e Assuntos Internos que se realiza até sexta-feira em Bruxelas. Segundo informou o Ministério da Administração Interna (MAI) numa nota enviada ao JN, a Comissão Europeia "confirmou a sua intenção de assegurar a criação, para o próximo verão, de quatro equipas de resposta, com meios aéreos e equipas terrestres, preposicionadas nos Estados-membros ou regiões potencialmente mais afetados" por incêndios.
Nesse contexto, acrescenta o MAI, José Luís Carneiro "reiterou a sua disponibilidade e interesse em acolher uma destas equipas, nomeadamente na zona de Castelo Branco, podendo a mesma ser preposicionada tendo em vista auxiliar não apenas Portugal, mas também Espanha, num verdadeiro espírito de cooperação transfronteiriça ibérica".
As quatro equipas que vão ser criadas pela Comissão Europeia visam reforçar os meios colocados à disposição dos Estados-membros, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Portugal recebe Seminário Europeu
Na mesma reunião, a Comissão Europeia anunciou que terá lugar, no dia 10 de janeiro de 2023, um Seminário Europeu que pretenderá identificar as principais lições apreendidas com o combate aos incêndios do verão de 2022. O Seminário Europeu resulta das diligências que têm sido efetuadas por José Luís Carneiro com a Comissão Europeia e já é certo que contará com a presença do Comissário Europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, bem como de ministros e de peritos de todos os Estados-membros e países associados ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
O Conselho de Justiça e Assuntos Internos adotou ainda, por unanimidade, a adesão da Croácia ao Espaço Schengen. A adesão da Bulgária e da Roménia também fazia parte da ordem de trabalhos mas foi "decidido que o assunto voltará a ser analisado num próximo Conselho", explicou o MAI.
Na mesma reunião, o coordenador europeu para a luta antiterrorista fez um ponto de situação sobre a ameaça terrorista que impende sobre o território europeu, recomendando o reforço das infraestruturas críticas, nomeadamente nos setores dos transportes e das infraestruturas digitais.