A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu esta sexta-feira que é preciso "salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS)" perante o "perigo da sua privatização". E garantiu que o BE manterá a sua posição no Parlamento para que só haja recurso a privados em casos excecionais, num momento em que já está marcada para dia 11 a discussão da lei de bases.
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"Mesmo no Serviço Nacional de Saúde português, que, com todas as dificuldades, se mantém um dos melhores do mundo na sua universalidade e abrangência, encontramos os sinais do perigo da privatização dos sistemas de saúde", declarou Catarina Martins na Grande Conferência do JN, no Rivoli.
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"A generalização da contratualização com privados teve como reverso a quebra de investimento no SNS e a entrada de privados na gestão de hospitais públicos, ao invés da prometida inovação, serviu apenas para a canalização do público para o privado de financiamento e profissionais", acrescentou a líder do BE.
Catarina Martins afirmou ainda que "a responsabilidade no imediato é salvar o SNS como propuseram António Arnaut e João Semedo. Deixar em vigor as regras da Direita, ainda que com outras palavras, seria aprofundar a crise do SNS".
"A decisão, como sabem, será tomada nos próximos dias no parlamento e a posição do Bloco é clara: o Estado pode e deve recorrer a privados nos casos em que não é capaz de prestar o cuidado de saúde. Mas nunca deve entregar a privados os hospitais públicos ou travar o investimento no SNS para favorecer os hospitais privados. Esse é o caminho que nos trouxe às dificuldades que todos conhecem. É mais que tempo de corrigir os erros e proteger o acesso à saúde de toda a população", apelou a coordenadora.