Cancelamento de férias, regresso a casa e tratamentos médicos são algumas salvaguardas que estão a ser introduzidas devido a alterações climáticas. Setor admite "apólices mais detalhadas".
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As alterações climáticas estão a tornar-se um novo normal e poderão ter impactos negativos em atividades como o turismo. Já existem seguros de viagem contratualizados em Portugal que preveem o cancelamento de férias, o regresso antecipado e o tratamento médico devido a fenómenos adversos, desde “inundações extraordinárias”, “tempestades atípicas” ou terramotos, como o que aconteceu na semana passada em Marrocos, que apanhou muitos turistas. O setor está a adaptar-se e prevê mudanças nas apólices. A Comissão Europeia (CE) estima que Portugal seja o terceiro país da União Europeia a perder mais turistas com a subida das temperaturas.
A maioria dos agentes turísticos, ouvidos pelo JN, diz não ter registado, este ano, cancelamentos por causa do clima para viagens cá dentro ou lá fora. O verão de 2023 foi considerado o mais quente de sempre, segundo o programa europeu de monitorização do clima, Copérnico. Houve incêndios em zonas turísticas na Grécia e em Espanha. Em Portugal, o fogo de agosto em Odemira destruiu uma unidade de turismo rural. “Existem sempre mecanismos de salvaguarda e seguros, que são uma opção natural no momento da compra”, aponta Pedro Quintela, diretor de vendas da Agência Abreu.