O presidente do CDS/PP apresentou hoje, quinta-feira, durante o debate sobre o estado da Nação, um conjunto de propostas de redução de despesa que no seu conjunto permitiriam uma poupança de 1,05 mil milhões de euros e evitar a redução das deduções e benefícios fiscais.
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“O Governo prepara-se para fazer o segundo aumento do IRS em seis meses” sublinhou Paulo Portas referindo-se à intenção do Governo de agravar logo no início de 2011 as tabelas de retenção na fonte para as adequar à anunciada limitação dos valores das deduções e benefícios.
Defendendo que esta subida de impostos não é “inevitável”, o líder do CDS/PP apontou oito propostas, todas quantificadas, nomeadamente a redução das despesas de consumo intermédio e do número de institutos públicos, a “moralização” do rendimento mínimo ou a limitação da despesa administrativa da Segurança Social. Todas juntas, permitiriam poupar 1,05 mil milhões de euros, quase três vezes mais do que o novo agravamento fiscal vai proporcionar.
José Sócrates recusou, no entanto, que limitar deduções e benefícios
seja um aumento de impostos, mas antes uma redução da despesa fiscal e
lembrou que os contribuintes que estão no escalão de rendimentos mais
alto (o 7º), descontam quatro vezes mais do que a média dos
contribuintes.