
Francisco Pinto Balsemão morreu aos 88 anos
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À esquerda e à direita, os partidos manifestam profundo pesar pela morte de Francisco Pinto Balsemão, uma "personalidade incontornável da democracia portuguesa".
Numa nota divulgada esta noite, o CDS-PP "expressa o seu pesar pela morte de Francisco Pinto Balsemão" e endereça as "mais sinceras condolências" à família, aos amigos e ao PSD.
"Fundador do PPD/PSD, ex-primeiro-ministro de Portugal, Pinto Balsemão teve uma vida cheia ligada desde muito cedo à defesa da liberdade e da democracia, bem como da imprensa livre, designadamente enquanto fundador do Expresso e do Grupo Impresa", destacam os centristas.
"Um legado de independência"
Numa nota de pesar enviada à agência Lusa, o PS enfatiza que "Balsemão deixa um legado de independência, sentido de serviço público e defesa intransigente da liberdade de imprensa".
"O Partido Socialista manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Francisco Pinto Balsemão, personalidade incontornável da democracia portuguesa, cuja vida foi marcada pelo compromisso com a liberdade, o pluralismo e o Estado de Direito", enaltece.
Para o partido liderado por José Luís Carneiro, o antigo primeiro-ministro "soube sempre honrar o valor do debate democrático e da convivência entre diferenças, princípios fundamentais da vida democrática que partilhou com o Partido Socialista nas grandes etapas da construção de Portugal livre e europeu".
"O Partido Socialista presta homenagem a uma vida dedicada à causa pública e à democracia", elogia.
Os socialistas recordam o "jornalista, fundador do Expresso e do Grupo Impresa, deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, primeiro-ministro em tempos exigentes da consolidação democrática e fundador do PPD/PSD". "A toda a sua família, amigos e colaboradores, o Partido Socialista expressa as mais sentidas condolências", refere.
"Deu muito ao país"
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, considerou que o antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão "deu muito ao país", na imprensa e na política, na oposição e no Governo, sendo agora "o momento do reconhecimento".
"Francisco Pinto Balsemão deu muito ao país. Em ditadura e na democracia. Na imprensa e na política. Na oposição e no governo. Como jornalista e empresário. A aliados e adversários", lê-se numa mensagem escrita na conta oficial de Rui Tavares na rede social "X". Para o dirigente do Livre, "de todos, agora é o momento do reconhecimento".
"Deixa legado marcante"
O líder do Chega, André Ventura, sublinhou o "legado marcante" do antigo primeiro-ministro e fundador do "Expresso" e da SIC e também "a construção de novas formas de comunicar em democracia".
"Tendo tomado conhecimento da morte de Francisco Pinto Balsemão, queria enviar um abraço solidário à família e aos amigos, reconhecendo também o legado marcante que deixou no nosso país e na construção de novas formas de comunicar em democracia", escreveu André Ventura numa publicação na rede social X.
Legado de "cultor da liberdade" perdurará
"Mais do que fundador do PPD/PSD, primeiro-ministro ou precursor no setor dos media, Francisco Pinto Balsemão foi, ao longo de toda a vida, um cultor da liberdade", escreveu o candidato presidencial João Cotrim Figueiredo na rede social X. Para o antigo presidente da Iniciativa Liberal, Balsemão foi uma "figura maior" da democracia portuguesa.
Marques Mendes cancela agenda
O candidato presidencial Luís Marques Mendes cancelou as ações de campanha programadas para os próximos dias, em virtude da morte do antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, que era presidente da Comissão Política da sua candidatura.
Defesa da liberdade de imprensa
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo destacou papel de Francisco Pinto Balsemão na defesa da liberdade de imprensa, sublinhando que "não há nenhuma democracia no mundo sem uma imprensa verdadeiramente livre".
"Nós devemos preservar a liberdade de imprensa, o doutor Pinto Balsemão foi sempre um defensor dessa liberdade e devemos preservar também isso em termos da nossa memória coletiva", acrescentou. "Vamos deixar de promover e divulgar as nossas ações durante estes dois dias", referiu, em Braga, durante uma visita à Feira do Emprego Start Point Summit, promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho.
Respeito com "mais divergências do que convergências"
O candidato às eleições presidenciais António Filipe apresentou as condolências às pessoas próximas de Pinto Balsemão, recordando que teve com ele "mais divergências do que convergências", mas que muito respeita.
"É uma personalidade que eu respeito, assinalando naturalmente as divergências que tive e que mantenho relativamente àquilo que é o seu posicionamento político", disse o candidato à presidência da República.
"Defendeu jornalismo como pilar da democracia"
A candidata presidencial e ex-coordenadora do BE, Catarina Martins, manifestou o seu respeito pelo "adversário político" Francisco Pinto Balsemão, lembrando a sua defesa do jornalismo "como pilar da democracia".
"Francisco Balsemão foi protagonista de uma marcante rutura nos últimos anos da ditadura: a criação do jornal Expresso, desde então um dos órgãos de referência na imprensa portuguesa", lê-se numa mensagem publicada pela eurodeputada nas redes sociais. "O meu respeito por um adversário político e por alguém que quis defender o jornalismo como pilar da democracia", termina a mensagem.
"Personalidade marcante"
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou que Francisco Pinto Balsemão foi uma "personalidade marcante da vida democrática e da comunicação social portuguesa".
"No exercício de funções públicas, serviu o país com elevado sentido de responsabilidade, integridade e respeito pelas instituições democráticas, tendo liderado o Governo num período de importantes transformações políticas e sociais", sublinhou Bolieiro numa nota de pesar. O líder do executivo açoriano acrescentou que Francisco Pinto Balsemão "foi sempre um homem compreensivo da Autonomia Política das Regiões Autónomas, respeitador dos seus órgãos de Governo e amigo dos Açores, qualidades que demonstrou ao longo do seu percurso público e pessoal".
Coragem e serviço ao país
A delegação do PSD no Parlamento Europeu manifestou profundo pesar pela morte do antigo líder do PSD e ex-primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, lembrando a sua coragem, "espírito empreendedor e de serviço ao país".
Citado na nota, o chefe da delegação social-democrata no Parlamento Europeu, Paulo Cunha, destacou que "Francisco Pinto Balsemão, fundador do PSD e [antigo] primeiro-ministro de Portugal, é uma personalidade incontornável da história portuguesa recente".
"A sua coragem, defesa intransigente das liberdades, franqueza, espírito empreendedor e de serviço ao país, são características pessoais e de caráter que marcaram de forma determinante o contexto, passado, presente e futuro, de Portugal. Deixou sempre, em cada época e circunstância da vida nacional, a marca da sua audácia e visão", apontou o eurodeputado.
"Contribuiu decisivamente" para a democracia
O PS no Parlamento Europeu expressou os "sinceros sentimentos" à família de Francisco Pinto Balsemão, recordando o antigo primeiro-ministro como uma pessoa moderada e ponderada que "contribuiu decisivamente" para a democracia portuguesa.
Em comunicado, os socialistas no PE consideram que o ex-primeiro-ministro português distinguiu-se "em todas as áreas pela moderação, equilíbrio e ponderação, características que dele fizeram uma personalidade marcante" no Portugal democrático.
A delegação do PS nos hemiciclos de Bruxelas (Bélgica) e Estrasburgo (França) classificou o antigo líder social-democrata como uma figura "marcante da democracia portuguesa, para a qual contribuiu decisivamente, como fundador do jornal Expresso e primeiro-ministro".
"Num momento da nossa vida coletiva onde assistimos à ascensão dos extremos, os deputados do PS ao Parlamento Europeu, onde, em 1986, representou Portugal, expressam desta forma, à família e amigos, bem como ao seu partido, o PSD, os mais sinceros sentimentos pela morte de Francisco Pinto Balsemão", acrescentou o partido.
